Bilionária e defensora de cães. A filha de ex-prefeito que medalhou no Pan

Fábio Aleixo

Do UOL, em Toronto (CAN)

  • Tom Szczerbowski-USA TODAY Sports

    Georgina Bloomberg ganhou medalha de bronze por equipes em Toronto nesta quinta

    Georgina Bloomberg ganhou medalha de bronze por equipes em Toronto nesta quinta

Entre todos os atletas que disputam os Jogos Pan-Americanos de Toronto ninguém tem uma conta bancária mais recheada do que Georgina Bloomberg, de 32 anos. Filha do ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, ela é herdeira de uma fortuna de cerca de US$ 35 bilhões (115,0765). O pai foi apontado pela revista Forbes como a 14ª pessos mais rica do planeta.

Nesta quinta-feira, ela ajudou seu país a conquistar a medalha de bronze na disputa por equipes de salto no hipismo e garantiu ainda a sua vaga na final individual, marcada para sábado. E conseguiu isso logo em sua primeira aparição em Pans.

Ser famosa e estar nos holofotes por causa da fortuna e de seu pai não é algo que incomoda a americana. Ela fala abertamente sobre o assunto e não evita nenhuma pergunta referente ao temas. Mas a amazona não quer ser reconhecida apenas por isso quando monta um cavalo e vai à pista.

"Já estou acostumada que falem isso, mas todos sempre me aceitaram muito bem. Quero mostrar que o que importa é o seu trabalho duro e não que você é ou de onde vem. Podem gostar ou não de mim. Mas tudo que envolve minha vida é normal para mim. Só penso em trabalhar o maus duro que puder para ir bem", disse Georgina ao UOL Esporte.

E além de tentar subir ao pódio também na competição individual, Georgina traça como meta disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Com a equipe americana já classificada, brigará por uma vaga para estar entre os cinco competidores do país que estarão no Brasil no ano que vem.

"Eu nunca estive no Brasil, e este é sim o meu objetivo. Estabeleço metas por ano e esta é próxima. Passarei a pensar nela já na próxima semana", disse a amazona que tem um filho de apenas 1 anos de idade. Jasper é fruto de seu relacionamento com o ex-namorado Ramiro Quintana, cavaleiro argentino que também compete em Toronto.

Se nas pistas a preocupação é trabalhar duro e buscar a vaga olímpica, fora delas Goergina tem uma vida bastante agitada. E uma de suas principais atividades é ajudar a combater a criação ilegais de cães para vendas nas chamadas "puppy mills", espécies de fazendas onde os animais são tratados em condições precárias e são forçados a reproduzirem para que os filhotes sejam colocados à venda. Muitas vezes, alterações genéticas são realizadas. Ela faz parte de uma instituição chamada Friends of Finn.

"O jeito que os cachorros são capturados e tratados é desumano. Então investigamos estes estabelecimentos e até abrimos ações judiciais contra os proprietários. Também defendemos  que as pessoas não comprem cachorros em pet shops e sim adotem os que saíram das ruas ou não tem um lar decente", afirmou.

"Eu gosto de cavalos, mesmo porque para fazer este esporte você precisa gostar deles. Mas eu tento não me apagar muito aos cavalos porque eles são parte da minha profissão no fim das contas. Minha paixão mesmo são os cachorros. Sempre foi assim", disse Georgina, que atualmente é dona de cinco cães.

Os cachorros não são a única paixão de Georgina. Ela também gosta de escrever livros. Já lançou quatro romances nos Estados Unidos.

"Alguns autores que queriam escrever livros me procuraram porque não tinham experiência e conhecimento sobre o mundo equestre. Obviamente não tinha experiência para escrever, mas conhecia muito sobre os cavalos, sobre as dificuldades que temos, as pressões que enfrentamos. Foram trabalhos muito legais, me diverti muito. Espero poder fazer isso de novo no futuro", afirmou.
 

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