PAN 2015

• Quadro de Medalhas

Pouco mais de um ano atrás, a canadense Sasha Gollish se dedicava exclusivamente aos estudos, mas no próximo sábado ela tentará uma medalha nos 1.500m no atletismo. A atleta de 33 anos tem uma história curiosa no esporte e usa todo seu conhecimento acadêmico para ajudar nos treinamentos.

A relação de Sasha com o atletismo, porém, não começou apenas no ano passado. Ela competia até 2002, quando sofreu duras fraturas por estresse por causa do excesso de treinos, decidindo então parar com a modalidade.

"Eu odiava ter que treinar, não queria mais correr, não queria mais sofrer. Doía quando andava, quando dormia. Não era mais divertido fazer aquilo. Por isso eu parei de correr e me tornei engenheira", explicou a atleta de 33 anos.

Sasha não apenas resolveu se tornar engenheira, mas se dedicou profundamente aos estudos e atualmente está buscando o título de PhD na Universidade de Toronto.

Só que ela não abandonou o esporte quando decidiu parar com o atletismo e manteve sua forma no frisbee, esqui alpino e ciclismo. Sasha resolveu então voltar ao esporte em que começou em abril de 2014 e desde então vem se destacando cada vez mais.

Nos últimos 15 anos, a canadense de Toronto melhorou seu tempo nos 1.500m em quase 30 segundos, chegando a anotar 4min00s27. Neste ano, ela detém a segunda melhor marca canadense na prova, garantiu lugar nos Jogos Pan-Americanos e fez despontar o sonho pelas Olimpíadas do Rio.

A dedicação aos treinos não é exclusiva, já que Sasha continua atrás de seu PhD. Esta divisão de foco, que para muitos poderia ser um problema, para ela é solução, já que ela utiliza seus conhecimentos acadêmicos nos treinamentos.

"O programa de PhD me ajuda nos treinos. Ele faz com que meu cérebro esteja sempre buscando algo mais e isso diminui o estresse. Eu não seria uma atleta tão efetiva se me dedicasse 100% ao atletismo. Também não tenho que me preocupar com o dinheiro que ganho competindo, pois tenho a engenharia", explicou.