Sem apoio do governo, canadense apelam a vaquinha virtual para disputar Pan
Do UOL, em São Paulo
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EFE/Elvira Urquijo
Dan Devlin (vermelho) só disputou os jogos graças ao financiamento coletivo
Alguns atletas canadenses tiveram de contar com a ajuda dos fãs para disputarem os Jogos Pan-Americanos, em Toronto. Dan Devlin, atleta do handebol, admitiu em entrevista ao Yahoo! Que sofreu para conseguir disputar a competição.
"Muitos de nós financiamento coletiva para estar aqui, que foi fantástico, porque ele aliviou um monte de estresse que tínhamos que fazer para o trabalho", falou o atleta ao site americano Yahoo Sports. "Normalmente, quando estamos em casa, nós estamos trabalhando, tentando viver nossas vidas, mas nós também estamos trabalhando para tentar ter dinheiro disponível para que possamos continuar a jogar handebol. Esse é uma das coisas mais difíceis", falou.
Segundo o atleta, o dinheiro arrecadado por ele é gasto para pagar passagens e despesas durante a viagem. O restante, como fisioterapia, ele paga do próprio bolso.
Devlin usou duas plataformas na internet para estar nos jogos Pan-Americanos. Ao todo, ele conseguiu arrecadar US$ 7 mil (R$ 22 mil).
O caso do atleta não é o único na delegação canadense. Kim Barette, também do handebol, foi outra a recorrer ao financiamento coletivo para estar em seu segundo Pan-Americano.
A notícia da vaquinha não surpreendeu Bal Gosal, ministro do Esporte do Canadá. "Nós financiamos 52 organizações desportivas nacionais em todo o país, por isso há um monte de outros esportes que levam tempo para que recebam financiamento. Eles precisam passar pelo processo", falou.
"Vocês têm de ter sucesso e em seguida, eles vão te dar dinheiro. Mas é difícil, sem dinheiro ser bem sucedido", finalizou Kim.