Seleção de basquete erra demais, é atropelada pelo Canadá e jejum segue

Fábio Aleixo

Do UOL, em Toronto (CAN)

Sem conquistar um título no basquete feminino do Pan desde Havana-1991, quando Hortência, Paula e cia. foram premiadas no pódio por Fidel Castro, o Brasil terá de esperar pelo menos mais quatro anos para conseguir acabar com o jejum.

E a despedida da briga pelo ouro aconteceu de uma maneira para ser esquecida. Sem impor qualquer tipo de resistência ao Canadá, foi superada por 91 a 63 e terá de brigar pelo bronze com a seleção de Cuba, atual campeã da Copa América. A partida acontece às 17h (de Brasília) desta segunda-feira.

"Realmente não sabemos o que aconteceu. É um jogo para ser esquecido. Já jogamos várias vezes contra o Canadá, ganhamos e perdemos, mas hoje foi totalmente diferente. Mas lutamos até o final", afirmou a armadora Tainá, que terminou com 14 pontos.

O desempenho foi tão ruim que os 91 pontos sofridos  foram a maior quantidade em quatro jogos em Toronto. Outros números que mostram a ineficiência do Brasil. No primeiro tempo, foram só 21 pontos feitos. E das nove jogadoras utilizadas pelo técnico Zanon nos 20 minutos iniciais, só quatro conseguiram anotar ao menos uma cesta.

O aproveitamento nos arremessos ao longo de todo o jogo também deixou a desejar. Foi de 34%, com 21 acertos em 61 tentativas.

Além disso, no primeiro quarto apenas a armadora Tainá pontuou. Seus nove pontos evitaram que o Canadá conseguisse uma vantagem maior do que os 13 que colocou de frente (22-19).

"O primeiro quarto decisivo. Como você enfrenta times como este do Canadá não podemos deixar que joguem no ritmo que querem. E sendo bem sincero, temos uma rotação e leitura de jogo que fica aquém. Quando as jogadoras atuam em seus clubes no Brasil e até mesmo quando jogamos entre nós, a gente consegue ir bem. Mas à medida que o campeonato vai afunilando, as jogadoras passam a ser mais vistas, a coisa complica. E o nosso fraco é o jogo individual", analisou o técnico Luiz Augusto Zanon.

E a vantagem construída nos dez minutos iniciais foi o bastante para as canadenses não serem ameaçadas em nenhum momento dos 30 restantes. Pelo contrário, a diferença só foi aumentando com o passar do tempo. Quando faltavam 3m37 para o fim do terceiro quarto chegou a 27. Ao fim do período era de 29 (68-39).

No último quarto com o jogo praticamente definido, as canadenses diminuíram o ritmo já pensando na final que farão contra os Estados Unidos nesta segunda-feira. Isso, porém, não alterou em nada a dinâmica do jogo.
 

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