Minas de pódios no Pan, esportes têm que superar seca olímpica

Do UOL, em Toronto

  • WARREN TODA/EFE

    Cassio Rippel e Julio Almeida, do tiro, exibem medalha. E na Olimpíada?

    Cassio Rippel e Julio Almeida, do tiro, exibem medalha. E na Olimpíada?

A cada quatro anos é aquela festa: os atletas de certos esportes voltam para o Brasil carregados de medalhas do Pan. No ano seguinte, vem a decepção: não levam nada na Olimpíada. Certas modalidades que já acumulam vitórias em Toronto terão mais uma vez o desafio de levar para a Rio-2016 parte do seu sucesso no Canadá.

Entre as modalidades que vivem essa realidade estão ginástica rítmica, levantamento de peso, canoagem, remo, polo aquático, tiro e badminton. É inegável um avanço em alguns desses esportes, mas resta saber se será o suficiente para chegar, enfim, ao pódio olímpico.
 
Do Pan para Olimpíada: o longo caminho
A ginástica rítmica, por exemplo, chegou ao seu tricampeonato por equipes feminina no Pan. Em Guadalajara, teve sete medalhas. Nas Olimpíadas, o máximo que conseguiu foi chegar à final, mas longe do pódio.
 
É um caso similar ao do tiro esportivo, tradicional acumulador de medalhas em Pans: foram dez nas últimas duas edições, sendo três de ouro em Toronto. Em geral, a modalidade tem pontuações de primeiro padrão mundial como ocorreu com Rodrigo Bastos e agora com Felipe Wu. Só que o último pódio olímpico foi em 1920 com Guilherme Paraense, primeiro ouro do Brasil.
 
A canoagem chegou a 13 premiações considerando Toronto e Guadalajara. Houve um grande crescimento no Canadá com 9 pódios. Nos Jogos Olímpicos, ninguém ganhou nada até hoje. É certo que há uma evolução e Isaquias Queiroz parece um candidato a quebrar esse jejum.
 
Fernando Saraiva evoluiu em sua tentativa de conquistar um pódio olímpico no levantamento de peso. Em seu esporte, o Brasil atingiu quatro medalhas neste Pan, e tinha uma no último. De novo, nenhuma premiação olímpica.
 
Nos esportes coletivos, o polo aquático teve duas medalhas no Pan-2011, e já ganhou sua prata no masculino em Toronto. Resta saber se os estrangeiros e repatriados atraídos pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos serão suficientes para tirar a virgindade na Olimpíada.
 
Longes dos dominantes asiáticos, o badminton brasileiro levou três pódios neste Pan, e teve um na última edição. Serão testados de fato quando os chineses e coreanos entrarem na quadra na Rio-2016. Aí veremos se a festa vai continuar limitada aos anos ímpares do Pan.?

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