Ela chegou tarde na seleção de vôlei, mas na hora certa para ir à Olimpíada
Fábio Aleixo
Do UOL, em Toronto (CAN)
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Gaspar Nobrega/Inovafoto/CBV
Levantadora Macris na partida contra o Peru neste sábado
Aos 26 anos, Macris não pode ser considerada nenhuma promessa ou revelação do vôlei brasileiro. Mas mesmo com esta idade, a levantadora carrega o rótulo de novata na seleção brasileira que disputa os Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN). Nem mesmo pelas divisões de base do time nacional, ela havia passado.
"Esta é a primeira oportunidade que estou tendo e quero aproveitá-la da melhor maneira, estou treinando para isso. Este é o meu momento", disse a jogadora, que foi titular nas duas vitórias do Brasil até agora no Canadá.
Macris ganhou uma oportunidade do técnico José Roberto Guimarães após fazer uma boa temporada pelo Pinheiros na Superliga 2014/2015. E a chance veio na hora certa. Em um ano pré-olímpico e em um momento em que o treinador do time nacional enfrenta um dilema para escolher as levantadoras para a Olimpíada.
Dani Lins é nome praticamente certo, mas o posto de reserva está em aberto. A disputa neste momento fica entre Fabíola - que pediu dispensa da seleção neste segundo semestre, Ana Tieme - que está no Pan - e a jovem Roberta, que está envolvida na disputa do Grand Prix.
"Não existe ninguém garantido, até mesmo porque muitas coisas podem acontecer até lá. Estou fazendo experiência e para a Macris é importante estar envolvida em uma competição desta magnitude, assim como foi com a Dani na Copa Pan-Americana", afirmou Zé Roberto.
O principal desafio de Macris até agora tem sido encontrar o entrosamento ideal com atletas que nunca atuaram ao seu lado, como é o caso de Jaqueline e Fernanda Garay duas das principais atletas do Brasil neste Pan.
"Além de nunca ter jogado junto com elas, tivemos pouco tempo de treinamento juntas. E isso complica um pouco para saber a velocidade da bola que cada uma gosta e o estilo que atacam", disse a jogadora que foi revelada em São Caetano e tem como grande inspiração no vôlei a também levantadora Fofão.
"Quando estava no São Caetano (em 2008), cheguei a treinar com ela por um tempo. Mas eu ainda era muito jovem e não teria espaço na equipe, fui para o São Bernardo", disse.
As novidades são tantas que esta é apenas a segunda viagem internacional de sua carreira.
"Tudo está sendo novidade para mim e estou aproveitando da melhor maneira", afirmou.