O que valem para 2016 as medalhas que o Brasil ganhou até agora?

Do UOL, em Toronto

Após os primeiros dias de competição, o Brasil acumula 13 medalhas no Pan-2015, sendo 11 em modalidades olímpicas, ocupando a quarta posição no quadro. Esse dado solto, assim, significa pouco para o torcedor que quer entender como a equipe brasileira se sairá na Olimpíada do Rio-2016. Quanto vale cada um desses pódios para o futuro?

Os 11 pódios em esportes que ocorrerão na Olimpíada foram em seis modalidades diferentes. O UOL Esporte contextualiza a seguir cada conquista brasileira ao explicar qual o nível da competição de sua modalidade, e como o foi o desempenho em relação aos melhores. 
 

Judô

Danilo Verpa/Folhapress
Ouro de Érika Miranda no Pan já era esperado
A judoca Erika Miranda sobrava na categoria até 60kg feminino já que era a única da elite do esporte: está entre as cinco primeiras do ranking mundial. Seu ouro era o resultado mais provável, e ela foi pouco testada. É um caso similar da conquista de Charles Chibana, que está entre os 10 melhores do mundo. Apenas um canadense, que está em 16º no ranking, tinha um nível similar ao do brasileiro.
 
Substituta da campeã olímpica Sarah Menezes, Natália Brígida, até 48 kg, ganhou o bronze perdendo para a vice-campeã mundial Paula Paretto. Sua competição teve patamar superior as outras, mas ela ficou atrás. Kitadai, bronze até 60 kg, esteve abaixo de sua expectativa já que é medalhista olímpico. O vencedor do ouro equatoriano Lenin Preciado não está  nem entre os 20 primeiros do ranking mundial.
 

Tiro

COB/Divulgação
Ouro de Felipe Wu é o mais relevante até agora
A medalha de ouro de Felipe Wu é o resultado mais importante do Brasil no Pan até agora. Sua pontuação de 201,8 na pistola de ar de 10 m lhe renderia um título mundial, e é uma das marcas mais significativas da história recente do esporte. Ou seja, seu resultado vale como parâmetro para a Rio-2016.
 

Canoagem de velocidade

A prata do Brasil no K4 da canoagem (com quatro canoístas) não permitiria ao time nem superar o último colocado na final de Londres-2012. Os brasileiros cravaram 3min01s869, três segundos superior à Romênia, que ficou na derradeira posição na Olimpíada. O tempo só serveria para arrumar um pódio nos Jogos de 1988, há 27 anos.
 

Ginástica artística

AFP PHOTO/KEVIN VAN PAASSEN
Bronze da ginástica ficou aquém do esperado
A prata da equipe masculina de ginástica era o resultado previsto pelo patamar atingido pelos brasileiros. Estão atrás dos norte-americanos que fazem parte da elite da modalidade, mas superam todos os outros times do continente tanto que foram sextos no Mundial. Ou seja, com uma certa melhora, o Brasil pode brigar por medalha na Olimpíada.
 
No caso do bronze da equipe feminina, o Brasil teve uma competição em que só tinha uma adversária que foi finalista do Mundial: os EUA. O Canadá, que também superou as brasileiras, não ficou entre os oito melhores. Assim, as brasileiras mostram estar, neste momento, longe do grupo que brigará por pódios na Rio-2016.
 

Rúgbi de sete feminino

As mulheres ganharam a medalha de bronze na modalidade: foram superadas por EUA e Canadá. A questão é que as melhores seleções do mundo são da Europa e da Oceania. O Brasil está entre as 10 melhores do mundo, ainda longe do top quatro que briga por medalhas. Será difícil evoluir em um ano a ponto de lutar por pódio na Rio-2016.
 

Hipismo

A medalha de bronze por equipes no adestramento é pouco significativa no cenário mundial se levarmos em conta que apenas dois dos 20 melhores cavaleiros do mundo estavam envolvidos no Pan. A elite do esporte está na Europa.

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