"Fiba entenderá a história do basquete brasileiro", diz Magnano sobre crise

Rodrigo Mattos

Do UOL, em Toronto (CAN)

  • Albert Gea/Reuters

    Rubén Magnano, que já foi campeão olímpico com a Argentina, espera estar na Rio-2016

    Rubén Magnano, que já foi campeão olímpico com a Argentina, espera estar na Rio-2016

A campanha na Olimpíada do Rio-2016 deve ser o ápice do trabalho de Rubén Magnano na seleção brasileira de basquete. Mas há uma sombra por conta do imbróglio entre a CBB e a Fiba que ameaça a inclusão do time no torneio olímpico. O treinador aposta que a força do país-sede e a história do basquete nacional vão flexibilizar a posição da entidade internacional.

A expectativa do técnico argentino é de que, no dia 18, em reunião entre as partes, seja arrumada uma solução para o problema, um alívio para o basquete nacional.
 
"(Meu sentimento) É totalmente positivo. A Fiba vai entender a necessidade da CBB, a história do basquete brasileiro. E há o precedente de que todos os países-sede sempre disputaram o torneio olímpico no basquete. Claro que a resolução disso escapa de mim", disse o treinador.
 
Segundo Magnano, o trabalho da seleção não foi afetado pela crise entre a Fiba e a CBB. Não houve nenhuma mudança na preparação para a Rio-2016, nem houve qualquer restrição orçamentária para as necessidades do time.
 
"Sei que pode gerar uma imagem ruim do basquete para o mundo. Mas não atrapalhou em absoluto, nada. Não se viu a preparação afetada. Claro que não vou pedir coisas malucas, mas não há carência", afirmou o treinador. O que ele ressaltou é que, além da Olimpíada, o trabalho tem que pensar no que será o basquete brasileiro além de 2016. "Não acaba o mundo."
 
Mas a continuidade de Magnano após os Jogos ainda não foi negociada já que a CBB não o procurou para falar do assunto. Ele atribui isso justamente à confederação estar tratando da crise no esporte. Mesmo assim, segue desenvolvendo jogadores jovens como fará no Pan-2015. A competição, assim como a Universíade, é vista como um a chance de melhorar atletas de pouca idade. 
 
"Mas quando falei com eles do Pan, falei de medalha, não em desenvolvimento de jogador", contou. Magnano apontou como um forte adversário o Canadá, mas ainda quer ter certeza de quais serão as formações de cada time antes de fazer uma previsão de desempenho. O que o técnico mais deseja, no entanto, é ter a garantia da sua participação na Olimpíada.

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