Recheada de novatas, equipe feminina consegue o bronze no Pan de Toronto
Fabio Aleixo
Do UOL, em Toronto (Canadá)
Liderada pela veterana Daniele Hypolito, mas recheada de novatas, a equipe feminina de ginástica levou o bronze no Pan de Toronto. Depois de um início complicado em um de seus melhores aparelhos, o solo, as meninas se recuperaram e só ficaram atrás de EUA e Canadá na classificação geral.
A disputa foi decidida no último aparelho. Na trave, uma das piores especialidades das brasileiras, a jovem Flavia Saraiva, de 15 anos, se superou, conseguiu uma das notas mais altas do aparelho e levou o país ao pódio pela segunda vez no esporte em Toronto.
O resultado premia uma nova geração. Além de Flávia, Lorrane Oliveira (17), Kim Simmon (17) e Leticia Costa (20) representam uma renovação da ginástica. Para se ter ideia, Jade Barbosa, estrela dos anos anteriores, hoje é reserva das meninas. Daniele Hypolito é a voz da experiência no time, como líder aos 30 anos de idade e quatro Pans na carreira.
"Pelo resultado foi melhor do que Guadalajara, já que nem medalha ganhamos. A gente vem treinando demais, mas não é de uma hora para outra que vamos conseguir ganhar dos Estados Unidos. Falhas sempre acontecem porque isso é uma competição", explicou Daniele.
Neste domingo, elas entraram no ginásio de olho em um lugar no pódio que não veio, por exemplo, em 2011, quando a equipe ainda tinha Daiane dos Santos. No solo, duas quedas de Lorrane Oliveira e Letícia Costa custaram ao Brasil uma pontuação melhor.
Ao fim das quatro rotações, a equipe somou 165.400 pontos, contra 166.500 do Canadá, que levou a prata. Se tivesse caprichado mais no que sabia, o Brasil poderia ter até beliscado uma prata. Como as meninas caíram duas vezes, o desempenho mediano nas assimétricas e trave acabou pesando.