Brasil mantém chance de prata na ginástica masculina por equipe
Daniel Brito
Do UOL, em Toronto (Canadá)
A seleção masculina de ginástica artística disputou a competição por equipes e está na briga pela medalha de prata. Os brasileiros apresentaram-se na primeira rotina, neste sábado, revezando aparelhos com as equipes de Canadá, Estados Unidos, Porto Rico e Colômbia. A equipe verde-amarela ficou na segunda colocação com 264.050 pontos, atrás apenas dos EUA, que fizeram 267.650.
Na noite deste sábado, será a vez de Argentina, Chile, Cuba, México e Venezuela se apresentarem. Suas notas serão comparadas às das equipes que fizeram a primeira rotação e, daí sairão os medalhistas. Se nenhum dos países conseguir alcançar 264.050 pontos, o Brasil não será ultrapassado no ranking geral e ficará com prata.
"Cuba seria a maior ameaça, mas, sinceramente, acho difícil que nos alcance. Muito difícil, O mínimo que já fizemos foi 261 pontos e o máximo foi 265. Como chegamos a 264, temos uma nota boa, inclusive pensando no Mundial de Glasgow, em outubro", contou Renato Araújo, técnico brasileiro. "Os Estados Unidos vieram completos para cá, então, fomos muito bem hoje [sábado]", emendou o técnico.
A equipe nacional foi composta por Arthur Zanetti, Arthur Nory, Lucas Bittencourt, Francisco Souza e Caio Souza. Os brasileiros tiveram dificuldades nas apresentações de solo. Lucas falhou na execução de um movimento e caiu sentado na área vermelha do lado de fora do tablado. Conseguiu nota 12.650. O melhor da equipe neste aparelho foi Nory, com 14.250. O Brasil acabou em quarto neste aparelho, com 41.800, atrás de Estados Unidos (44.650), Canadá (42.150) e Porto Rico (42.050).
"Houve muitos desequilíbrios, muitos errinhos no solo, boa parte em razão. É um tablado diferente do que estamos acostumado, ele é ruim para chegada, mas têm países que treinam há mais tempo nesse piso novo, que é utilizado aqui no Pan, e será usado no Mundial", justificou Araújo.
O desempenho baixo, no entanto, foi compensado nas argolas. Zanetti brilhou com 15.800. Nenhum outro nesta tarde chegou perto desta marca. O Brasil terminou com 45.050 e foi o melhor da primeira rotação.
A participação serve como classificatória para a disputa individual e como final por equipes. A competição por equipes é o foco do Brasil no Pan. A ideia é preparar os atletas para o Mundial da categoria, que ocorrerá em outubro, na Escócia. A competição no Reino Unido será a chance do país emplacar, pela primeira vez na história, um time completo nos Jogos Olímpicos.
Por isso, um bom desempenho em Toronto era fundamental, apesar das ausências de Diego Hypolito e Sergio Sasaki, ambos por lesão. Em 2011, no Pan de Guadalajara, a equipe verde-amarela conseguiu o ouro.