Camisa da CBF será trocada pela olímpica em 2016. Esse é o desejo do COB

Rodrigo Mattos

Do UOL, em Toronto (CAN)

  • Fábio Aleixo/UOL

Em sua campanha para que o torcedor adote os atletas, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) vai pregar que o público abandone a camisa da seleção brasileira de futebol para trocá-la pelo uniforme olímpico durante os Jogos do Rio-2016. O objetivo é realizar movimento parecido com o ocorrido no Reino Unido, onde o "Team GB" virou febre na população em Londres-2012.

O uniforme olímpico a ser usado pela equipe brasileira ainda será lançado pela Nike. Certo é que, como entre os britânicos, haverá uma série de camisas e produtos diferentes relacionados ao "Time Brasil", nome usado pelo comitê.

"Queremos que, em vez da camisa da seleção, que representa só o futebol, os torcedores usem a camisa do Time Brasil que representa todas as modalidades. É um desafio porque sabemos da tradição da seleção", analisou a gerente de marketing do COB, Miriam D´Agostini, que é ex-atleta olímpica de tênis.

Os responsáveis pelo marketing do Reino Unido ajudaram a equipe do comitê brasileiro com uma consultoria sobre sua estratégia bem-sucedida. Além disso, patrocinadores como o Bradesco adotaram a denominação de "Time Brasil" em suas propagandas na televisão. Afinal, o COB não tem verba para propaganda de suas campanhas.

Uma outra medida do comitê foi a utilização em promoções da casa "Time Brasil" que será lançada no Rio de Janeiro - há uma versão em teste em Toronto. A criação do local, na verdade, tem como objetivo atender a necessidade de os atletas terem um espaço para se encontrarem com familiares já que as idas a Vila dos Atletas estava proibida.

Como já seria feita a instalação, o COB aproveitou para fazer ativação de patrocínios para seus parceiros que foram responsáveis por bancar os custos. Em Toronto, a galeria de arte que abriga o Time Brasil é para 150 pessoas, mas isso será expandido para 500 pessoas no Rio de Janeiro. É uma ação similar a feita por patrocinadores da CBF que montam tendas de promoção próximos da concentração do time.

A intenção do comitê, aliás, é manter o apoio privado após a Olimpíada 2016, reduzindo a dependência do dinheiro público ganho por meio da Lei Agnelo Piva. "Sabemos que vai haver uma queda (no total arrecadado), mas não vai voltar ao que era antes. A intenção é renovar o máximo de contratos que der."

Para o ciclo olímpico, o COB conta com diversos patrocínios privados fechados por meio do Comitê RIo-2016. Pelo sistema do COI (Comitê Olímpico Internacional), a entidade nacional tem que ter os mesmos patrocínios dos organizadores. Assim, empresas como Nissan e Bradesco, entre outras, entraram forte no mundo olímpico.
 

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