Brasil do Pan tem mais estrangeiros que atletas de 21 Estados do país

Daniel Brito

Do UOL, em Toronto (CAN)

  • Satiro Sodre/SSPress

    A goleira Tess Oliveira nasceu na França mas defende o Brasil no Pan de Toronto

    A goleira Tess Oliveira nasceu na França mas defende o Brasil no Pan de Toronto

O Time Brasil está mais internacional do que nunca. A delegação verde-amarela no Pan de Toronto  conta com mais atletas nascidos fora do território nacional de que em muitos Estados brasileiros.

Ao todo, 19 gringos defenderão as cores do time do COB no Canadá pelos próximos 16 dias. É um número superior, por exemplo, à quantidade de catarinenses no Pan, que estarão com 16 representantes nas arenas canadenses. Ou de capíxabas, que levam 12 representantes.

O número de estrangeiros é maior que outros 19 Estados, como Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Piauí, Maranhão, Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Sergipe, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, além do Distrito Federal.

Nenhuma dessas unidades da federação terão mais de 19 atletas. Algumas delas não terá nem sequer representante, como Acre, Sergipe e Rondônia.

Por outro lado, haverá seis competidores nascidos nos Estados Unidos. O Time Brasil do Pan ainda contará com três ingleses, dois italianos, francês, holandês, cubano, croata, chinês e espanhol.

A maior parte dos gringos está em modalidades pouco populares no Brasil. É o caso do hóquei na grama. Defendem o time nacional os holandeses Yuri van Der Heijden e Patrick van Der Heijden, além do inglês Chris MchPherson. Na equipe de rúgbi ainda há dois ingleses e uma americana.

É o polo aquático a modalidade em que o Brasil conseguiu reunir uma grande quantidade de expatriados. A equipe comandada pelo técnico croata Ratko Rudic, tetracampeão olímpico, tem em sua base um croata, espanhol, cubano e italiano. No feminino, há a francesa Tess Flore de Oliveira.

Mas o caso de Tess, que teve brilhante atuação na estreia do Pan, na quarta-feira, é semelhante ao de alguns outros estrangeiros no Time Brasil. Ela nasceu na França, mas cresceu no Brasil. Assim como a carioquíssima Rosângela Santos, uma das melhores velocistas do atletismo brasileiro. Ela é de Washington, nos Estados Unidos, mas passou toda sua vida no Rio de Janeiro. Caso idêntico ao da velejadora Patrícia Freitas, igualmente da capital dos Estados Unidos, mas criada na capital fluminense.

Para uma delegação com 590 integrantes, a quantidade de atletas nascidos fora do país é muito pequena. Basta comparar, por exemplo, com o grupo que o Canadá montou para disputar o Pan em casa. Dos 719 atletas, 95 são estrangeiros. Enquanto que os Estados Unidos têm em seu time 51 gringos entre 633 competidores. 

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