Brasil perde e disputa 3º lugar em campanha histórica no polo aquático

Do UOL, em São Paulo

  • REUTERS/Sergio Moraes

A seleção brasileira de pólo aquático perdeu para a Sérvia por 13 a 9 pela liga mundial da modalidade neste sábado. O resultado, porém, chega com sabor de vitória. Isso porque, só de entrar na piscina em Bérgamo, na Itália, o Brasil fez história. Pela primeira vez, um time sul-americano disputou uma semifinal da Superfinal da Liga Mundial de polo aquático, torneio anual feito pela Fina (Federação Internacional de Desportos Aquáticos).

Agora, a seleção disputará pela medalha de bronze com o perdedor de Croácia x EUA, que entram na piscina às 16h deste sábado, pelo horário de Brasília. O melhor resultado da seleção era, até então, um sétimo lugar.

Tamanho feito é resultado de uma campanha quase impecável do Brasil na competição. Na primeira fase, perdeu apenas para a Hungria, por 16 a 3, batendo a atual campeã olímpica, Croácia, e atropelando a China nos outros jogos. Já nas quartas de final, os brasileiros derrotaram a Austrália, duas vezes medalhista de bronze no torneio e sétima colocada nos Jogos de Londres em 2012, por 9 a 8.

Resultados que refletem o investimento da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e do COB (Comitê Olímpico do Brasil) na modalidade. As duas entidades contrataram o croata  tetracampeão olímpico Ratko Rudic para comandar o Brasil nesta temporada. Ele é considerado por muitos como o melhor treinador da atualidade.

Além de buscarem reforços no exterior: repatriaram Felipe Perrone (eleito nesta temporada o melhor jogador da Liga dos Campeões da modalidade), que competia pela seleção da Espanha, convocaram Adria Delgado e Paulo Salemi, filhos de brasileiro nascidos na Europa, e naturalizaram Josip Vrlic, da Croácia, e Slobodan Soro, campeão mundial pela Sérvia. De todos eles, apenas Soro, que ainda cumpre a quarentena exigida pela Fina para mudança de nacionalidade, não está jogando a Superfinal.

Tudo isso visando os Jogos Pan-Americanos deste ano, em Toronto, no Canadá, e os Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Até hoje, a melhor campanha do Brasil no mundial foi um sétimo lugar e nos Pan-Americanos um ouro em 1963.

 

 

 

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