Polo Aquático do Brasil fica entre os quatro melhores do mundo

Do UOL, em São Paulo

  • Satiro Sodre/Divulgação/SSPress

O Brasil venceu nesta sexta-feira a Austrália no polo aquático por 9 a 8, em Bergamo, na Itália. A vitória sobre a Austrália, time acostumado a figurar entre os melhores do mundo, já seria um feito. Mas o resultado tem um significado maior.

Com os 9 a 8, o Brasil se classificou, pela primeira vez, para a semifinal da Superfinal da Liga Mundial de polo aquático, torneio anual feito pela Fina (Federação Internacional de Desportos Aquáticos). É o equivalente à Liga Mundial de vôlei, por exemplo.

É a primeira vez, também, que um time sul-americano chega à semifinal. O Brasil já disputou as finais do torneio três vezes, parando, sempre, nas quartas de final. A melhor posição tinha sido o sétimo lugar, do ano passado. Em busca de um lugar na decisão, a seleção brasileira enfrentará neste sábado a Sérvia, oito vezes campeã do torneio (duas delas como Sérvia e Montenegro).

A campanha brasileira em Bergamo já mostrava que o torneio podia ser um marco na modalidade do país. Na estreia, o Brasil, que não disputa os Jogos Olímpicos desde os anos 80, venceu a Croácia, atual campeã olímpica. Na sequência, atropelou a China. Contra a Hungria, jogo que fechou a primeira fase, foi derrotado. Acabou indo para os mata-matas em segundo, mas evitando os dois melhores da outra chave, Sérvia e Itália.

Os resultados surpreendem quem não acompanha o polo aquático brasileiro, mas eram esperados por quem conhece o projeto olímpico da modalidade. No ano passado, a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e o COB (Comitê Olímpico do Brasil) contrataram o técnico croata Ratko Rudic, tetracampeão olímpico. Além disso, Felipe Perrone, eleito nesta temporada o melhor jogador da Liga dos Campeões da modalidade, voltou a defender o Brasil - ele competia pela seleção da Espanha.

Junto com Perrone, chegaram para a seleção quatro atletas que nasceram na Europa. Adria Delgado e Paulo Salemi são filhos de brasileiro. Já Josip Vrlic, da Croácia, e Slobodan Soro, campeão mundial pela Sérvia, foram naturalizados. Dos quatro, apenas Soro, que ainda cumpre a quarentena exigida pela Fina para mudança de nacionalidade, não está jogando a Superfinal.

O principal objetivo da temporada do time são os Jogos Pan-Americanos. O objetivo é igualar a campanha de 1963, único ouro do Brasil na competição.

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