Dançarino realiza performance durante a festa de encerramento do Pan de Guadalajara
O presidente da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), o mexicano Mario Vázquez Raña, falou que o Pan de Guadalajara não seria o melhor da história poucos dias antes do início dos Jogos. Mas o cartola parece ter mudado de ideia. Na cerimônia de encerramento, voltou atrás e reproduziu o discurso clichê e comum após o fim de competições. O Estádio Omnilife foi, então, tomado por um clima ufanista e propício para o sonho mexicano de sediar a Olimpíada pela segunda vez.
O país foi sede da Olimpíada em 1968, na Cidade do México. E existe em Guadalajara o movimento para que a cidade se candidate aos Jogos de 2024.
O Pan de Guadalajara foi oficialmente encerrado às 20h50 (0h50 desta quarta, no horário de Brasília). Pouco antes do fim, o governador de Jalisco, Emílio González, fez discurso seguidas vezes interrompido pelo forte aplauso do empolgado público mexicano. “Falta uma medalha por entregar. Obrigado Jalisco por fazer o Pan a grande festa das Américas. Essa é uma medalha de ouro. É para Jalisco, é para o México. Porque fazendo as coisas certas, agora vamos para as Olimpíadas”, disse o mandatário.
A simples menção ao presidente Felipe Calderón também era suficiente para arrancar gritos e manifestações positivas na arquibancada – em ação que contrasta com as vaias recebidas por Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil na época do Pan do Rio-2007. Mario Vásquez Raña falou depois do governador de Jalisco. O presidente da Odepa fez um discurso um pouco mais longo e cansativo.
Em suas palavras, deixou para trás uma declaração feita na inauguração da Vila Pan-Americana, no último dia 5. “Há muito que digo isso, porque para poder organizar o melhor Pan da história seria preciso superar o Brasil, e não o superamos na organização”, declarou na época. E problemas na residência dos atletas e a inauguração tardia marcaram o Pan de Guadalajara.
Mas no discurso de encerramento, Raña deixou para trás os problemas estruturais e disparou: “Parabéns por fazer o melhor Pan-Americano da história”. As palavras foram recebidas com forte aplauso. Um dos mais entusiasmados da noite. Mais até do que shows e apresentações musicais. Só perdeu mesmo para a entrada dos atletas e para o hino mexicano.
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