Kleberson Davide foi ultrapassado no final e ficou com a prata nos 800 m
28/10/2011 - 19h14
Kleberson troca colheita de laranjas pelas pistas e repete prata de 2007 no Pan
Alexandre Sinato Em Guadalajara (México)
Kleberson Davide não conseguiu confirmar seu favoritismo na final dos 800 m nesta sexta-feira. O paulista de 26 anos, dono da melhor marca no ano entre os oito competidores da decisão, liderou quase toda a prova, mas em disputa com Cuba, acabou ultrapassado na hora de fechar a disputa. Ainda assim, foi a segunda prata seguida em Pans do atleta , que antes de se dedicar ao atletismo trabalhava na colheita de laranjas. O Brasil ainda teve um bronze com Sabine Heitling, nos 3.000 m com obstáculos
O corredor do Pinheiros já havia sentido o gosto do pódio no Pan de 2007, quando conquistou a prata diante da torcida brasileira, no Rio. Desta vez, ele largou bem e comandou o ritmo da prova desde o início. Apesar de fazer a última curva na frente, permitiu que o cubano Andy Gonzaléz fechasse na frente.
Prata com gosto de decepção."Tinha falado com o meu técnico de correr atrás e puxar no final, mas no aquecimento decidi correr no meu ritmo. O problema é que no final eu errei e deixei o cubano passar por dentro. Quando vi, já era tarde. Fiquei quatro anos pensando no ouro, mas paciência, o esporte é assim. Não vou desistir", lamentou.
Na disputa ouro a ouro pela segunda colocação no pódio geral do Pan entre Brasil e Cuba, González fechou com o tempo de 1min45s58, enquanto o brasileiro fez 1min45s75. O terceiro foi outro cubano, Raidel Acea. O brasileiro Lutimar Paes foi sexto.
Kleberson chegou para o Pan como o maior favorito da prova. Foi o único que já correu abaixo de 1min44s30 (sua melhor marca foi 1min44s21, obtida neste ano). Com a pressão e a tensão de fechar a prova após liderar todo o percurso, ele não conseguiu manter o gás no fim.
Bronze nos 3.000 m com obstáculos
Vencedora dos 3.000 m com obstáculos no Pan do Rio de 2007, a brasileira Sabine Heitlig não conseguiu defender seu título nesta sexta-feira. Ela sentiu o clima mexicano no fim e encerrou na terceira colocação, passando muito mal.
Sabine desde o início fez parte de um trio líder da prova, formando um pelotão na briga pelo pódio, ao lado de rival dos Estados Unidos e da Colômbia. Sabine teve a estratégia de apenas marcar as oponentes, sem passar à frente, até que a colombiana tentou disparar com duas voltas para o fim.
A tática de Angela Figeroa deu certo. Com o cansaço da brasileira, apenas Sara Hall se manteve na disputa pelo ouro e conseguiu assumir a liderança no final para ganhar a prova com 10min03s15. Sabine ainda teve fôlego para uma investida pela prata, mas não conseguiu superar a colombiana.