Maurren Maggi teve salto de 6,94 m, seu melhor na temporada, durante a final do Pan
Nenhuma brasileira era tão favorita no atletismo do Pan como Maurren Maggi. Atual campeã olímpica e com uma temporada toda voltada para a disputa em Guadalajara, a paulista de São Carlos fez o que dela se esperava: confirmou seu favoritismo no salto em distância e, com 6,94 m, faturou a medalha de ouro, sua terceira na história dos Jogos. A marca, inclusive, supera a que deu o ouro para Brittney Reese no Mundial deste ano.
“Esperava fazer uma boa prova. Estava bem preparada e disposta a fazer o salto que escapou no Mundial. Foi maravilhoso terminar o ano com a minha melhor marca da temporada. Se eu saltasse 6,80 m já estava feliz”, vibrou Maurren.
Chorando, ela seguiu para a volta olímpica, segurando a bandeira brasileira, em imagem muito semelhante à do ouro olímpico em Pequim-2008.
Bicampeã em Winnipeg-1999 e Rio-2007, Maurren tem uma relação de carinho com o Pan e por isso o colocou como prioridade. O ouro em Winnipeg significou um salto na carreira e abriu portas, por isso a competição mexe tanto com ela.
E por isso Maurren comemorou tanto o triunfo em território mexicano nesta quarta-feira. As duas medalhas de ouro das edições anteriores a acompanharam até o México. Durante os saltos, a dupla ficou na mochila de sua técnica.
A superioridade de Maurren no Pan era nítida antes mesmo de a prova começar. Das 13 atletas inscritas, ela foi a única que, ao longo da carreira, superou a marca dos sete metros (saltou 7,26 m em 1999). Além disso, era dela a melhor marca da temporada: 6,89 m contra 6,75 m da norte-americana Tori Polk.
Assim, Maurren não precisou tirar nenhum coelho da cartola para festejar seu terceiro ouro pan-americano. Encaixou um bom salto de 6,94 m e, aos 35 anos, subiu novamente ao lugar mais alto do pódio.
O início da prova teve a campeã mundial com uma marca discreta, com apenas 6,58 m, sendo ultrapassada por outras oponentes. Mas, logo no segundo salto ela cravou 6,80 m, assumindo a liderança com sete centímetros de vantagem para Shameka Marshall, dos EUA.
A evolução seguiu no terceiro, com 6,94 m, a melhor marca nesta temporada para a brasileira. O salto, inclusive, daria à paulista o ouro no Mundial deste ano, em que a norte-americana Brittney Reese foi campeã com 6,82 m. No fim, a brasileira não realizou o quarto salto, fez 6,60 m no quinto e também não precisou da sexta tentativa.
Keila Costa não conseguiu repetir a dobradinha do Pan de 2007, quando ficou com a prata, atrás de Maurren. Sua melhor marca foi de 6,37 m, na quinta colocação. O pódio teve a norte-americana Shameka Marshall com a prata (6,73 m) e a colombiana Chatherine Ibarguen com o bronze (6,63 m).
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