Babi teve chance como armadora titular, mas equipe sentiu falta de Adrianinha
25/10/2011 - 22h14
Brasil vence Colômbia, conquista o bronze, mas deixa o Pan sem convencer
Bruno Doro Em Guadalajara (México)
A seleção brasileira feminina de basquete fez o seu papel nesta terça-feira. Venceu a Colômbia com facilidade, 87 a 48, e conquistou a medalha de bronze dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Depois da derrota na semifinal para um time de Porto Rico claramente mais fraco tecnicamente, porém, o time de Ênio Vecchi deixa o México sem convencer.
Contra rivais de nível técnico menor, a equipe não deu o passeio que todos previram. Após bela campanha no Pré-Olímpico, em que conquistou a vaga em Londres-2012 com facilidade, o time veio com a mesma base para o México. As titulares Adrianinha e Micaela não foram convocadas, é verdade, mas o torneio serviria para observação de Iziane, que pediu dispensa do torneio de Neiva (COL) e de novatas como Tássia e Babi, na armação, e Izabela e Jaqueline, nas alas. Nenhuma delas, porém, teve atuações que acabassem com as dúvidas que pairam sobre seus nomes.
"Não foi como a gente esperava, mas é importante sair daqui com uma medalha. É duro explicar o que aconteceu. Tem vários fatores que explicam, mas a gente não pode buscar desculpas. Temos que aprender com o que a gente errou", disse a armadora Babi.
O torneio marcou o primeiro contato de Iziane com Ênio Vecchi e a atuação da ala foi inconstante. Fez jogos bons na primeira fase, quando os adversários eram muito mais fracos, mas falhou na semifinal. Contra Porto Rico, acabou no banco durante o fim do jogo, mesmo sendo, naquele momento, a principal cestinha da competição. "Ela chegou em cima da hora para a competição e é difícil para a atleta naquela situação. Mas a Iziane fez um bom torneio", elogiou Vecchi.
A atuação das armadoras também acabou decepcionando. Babi também foi razoavelmente bem nas três primeiras partidas, mas nas últimas duas, se perdeu. Na semi, não conseguiu parar as rápidas porto-riquenhas e jogou só seis minutos, estourando por faltas. Na decisão do bronze, teve problemas para armar equipe. "Foi a primeira oportunidade dela como armadora principal. Uma hora ela precisaria fazer isso. É um aprendizado", analisou o treinador.
Tássia, sua reserva imediata, mostrou que ainda está verde para jogar com tanta pressão – mesmo assim, coube à novata de 19 anos armar a equipe durante a maior parte do jogo mais tenso do Brasil na competição, a semifinal. Ela esteve em quadra por 23 minutos contra Porto Rico. Mesmo assim, ela arrancou elogios de Vecchi. "Entre as novatas, a Tássia foi quem mais me surpreendeu. Tanto que jogou muito na semifinal e hoje (contra a Colômbia)".
Na decisão do bronze, a vitória sobre a Colômbia foi fácil. Nos dois primeiros períodos, Iziane, Sílvia e Damiris assumiram o protagonismo e marcaram, respectivamente, 14, 16 e 16 pontos. Apesar das falhas defensivas (a Colômbia chegou a ficar a apenas quatro pontos do Brasil), as brasileiras foram ao intervalo com 11 pontos de vantagem, 41 a 30. No segundo período, o time voltou ainda melhor. Marcando muito e atacando bem, fechou o jogou em 87 a 48.