Equipe brasileira da ginástica artística comemora medalha de ouro no Pan-Americano
25/10/2011 - 20h59
Brasil leva ouro inédito por equipes na ginástica e conquista milésima medalha em Pans
Gustavo Franceschini Em Guadalajara (MEX)
O Brasil obteve, nesta terça-feira, o inédito ouro na disputa por equipes da ginástica artística do Pan de Guadalajara. Com destaque para as apresentações de Diego Hypolito, Arthur Zanetti e Sergio Sasaki, o país fez 346,100 pontos e ganhou por pouco de Porto Rico, confirmando o bom momento dos homens no esporte. Foi uma conquista especial para o país, que chegou a sua milésima medalha na história dos Jogos Pan-Americanos (segundo contagem do Comitê Olímpico Brasileiro). Francisco Barreto, Péricles Silva e Petrix Barbosa completaram a equipe e o pódio brasileiro.
"É a milésima? Está vendo como a gente está importante? É bom porque mostra que a ginástica masculina não é só o Diego. Sempre disse que minhas medalhas nunca são só minhas. Mas hoje ficou claro que tem toda uma equipe muito jovem. O Brasil nunca teve tantos atletas do mesmo nível", disse Diego Hypolito, grande estrela da equipe verde-amarela.
O primeiro lugar coroa o bom trabalho da década. O Brasil havia sido o segundo em 2007, no Rio de Janeiro, e em 2003, em Santo Domingo. Mais que isso, confirmou que o país tem pelo menos outro atleta de primeiro nível além de Diego Hypolito. Arthur Zanetti, vice-campeão mundial, dominou as argolas e, com uma nota 15,550, foi disparado o melhor do dia no aparelho.
"Foi bom. Eu estou muito feliz com o resultado e principalmente com a medalha. Agora temos de pensar na Olimpíada. Temos uma chance muito grande no Pré-Olímpico, que vai dar as últimas cinco vagas para as equipes. Fomos bem no Mundial e temos condição de ir para Londres", disse Arthur Zanetti, um dos integrantes do time que ficou em 13º no Mundial do Japão.
O grande nome da apresentação brasileira, porém, foi Sergio Sasaki. Sem a mesma badalação dos companheiros, o ginasta terminou a competição com a melhor nota final entre todos os participantes e se classificou para a disputa do individual geral em primeiro lugar. Além disso, também garantiu vaga nas finais de solo, cavalo e barras paralelas.
Diego Hypolito também fez sua parte. No solo, anotou 15,600 pontos e decidiu a posição do Brasil no pódio, já que Brasil e Porto Rico chegaram praticamente empatados ao último aparelho do dia. O irmão de Daniele Hypolito deu show e garantiu a primeira conquista do país na ginástica artística, mas passou mal logo depois da apresentação, assustando todos os presentes no ginásio.
"Eu estava muito cansado. Eu tinha combinado que não faria a barra fixa, só que o Arthur não treina esse aparelho. Se alguém errasse, eu teria de fazer a minha série. Quando o Francisco [Barreto] errou, eu tive de me concentrar e ir lá. Só que depois no solo eu fiquei mal. Acho que a pressão caiu um pouquinho", disse Diego Hypolito.
O desempenho dos homens contrasta com a fragilidade da performance feminina. Cercadas de expectativa, Daiane dos Santos e companhia ficaram com o modesto quinto lugar na disputa por equipes, com direito a muitas quedas em vários aparelhos. A gaúcha, por exemplo, falhou no solo, sua especialidade, e está fora do Pan de Guadalajara.
BRASILEIROS CLASSIFICADOS PARA AS FINAIS POR APARELHOS
Diego Hypolito: Solo, salto
Sergio Sasaki: Solo, cavalo com alças, barras paralelas, individual geral