Damiris controla a bola na frente da marcação jamaicana em vitória tranquila do Brasil
Elas são baixinhas, usam uniforme remendado, tem dificuldade de bater bola e alguns de seus arremessos nem chegam ao aro. Mesmo assim, formam a seleção jamaicana de basquete no Pan de Guadalajara. Diante do fraco time que fez apenas dois pontos no primeiro quarto, o Brasil não precisou fazer esforço para vencer. Ao contrário. Cometeu muitos erros, mas venceu por 116 a 34, placar mais elástico da competição, e deixou engatilhada a classificação para a semifinal.
O Brasil vinha de vitória sobre o time B do Canadá e, agora, encerra a participação na primeira fase contra a Colômbia às 13h30 (horário de Brasília) deste domingo. A Jamaica enfrenta o Canadá na despedida. Na outra chave, estão Estados Unidos, Argentina, México e Porto Rico.
Na estreia, a Jamaica marcou apenas 26 pontos. E deu sinais de que teria um desempenho ainda pior neste sábado. Elas são rápidas, mas a habilidade não acompanha a velocidade das pernas. Dos 15 arremessos tentados no primeiro quarto, a equipe não acertou nenhum. Os únicos dois pontos da primeira parcial vieram de lances livres. Mesmo sem forçar muito, o Brasil foi o grande responsável pelos aplausos do público.
Mas a fragilidade jamaicana logo ganhou a simpatia. Os nove pontos marcados arrancavam empolgadas manifestações das arquibancadas que foram sendo preenchidas ao logo da partida, mas bem distante da lotação máxima. O técnico Ênico Vecchi aproveitou, então, para mexer no Brasil e trocou todas as jogadoras. Só voltou com algumas titulares no fim do segundo quarto, finalizado em 27 a 9.
A Jamaica melhorou a postura em quadra e passou cometer menos erros bobos como nem acertar o aro ou bater a bola na própria perna com frequência. E o público ganhou mais motivos para vibrar cada cesta como se fosse gol: foi o melhor desempenho no jogo com 11 pontos no terceiro quarto. O Brasil forçou um pouco mais a marcação na quadra adversária e teve boas chances de contra-ataques. Em uma delas, o time verde-amarelo errou três arremessos de dentro do garrafão.
Sem ameaça adversária. A maior preocupação brasileira no jogo acabou sendo Clarissa, que sentiu uma lesão de precisou ser substituída. O Brasil continuou seu rodízio de jogadoras e foi ampliando a vantagem no último quarto para assegurar a segunda vitória em dois jogos disputados no Pan de Guadalajara.
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