Iziane salta para arremessar em seu retorno à seleção brasileira, no Pan
22/10/2011 - 07h00
Iziane confirma time no Maranhão, mas reclama do "jeitinho brasileiro"
Bruno Doro Em Guadalajara (México)
A ala Iziane está de malas prontas para voltar a jogar no Brasil. A jogadora já tem patrocinadores acertados para a formação de um time em São Luís, no Maranhão. Depende, porém, de um detalhe: para que o time saia do papel, a Liga de Basquete Feminina precisa arrumar a casa e confirmar a segunda edição.
NA VOLTA DE IZIANE, BRASIL BATE TIME B DO CANADÁ SEM EMPOLGAR NO PAN
No aquecimento, a pivô do Canadá, Raelyn Prince, pegou a bola, bateu uma vez, duas. Na terceira, perdeu o controle. Sem marcação, sem pressão. A cena era uma prévia do que seria o jogo de estreia da seleção brasileira feminina de basquete no Pan de Guadalajara. Contra o time B canadense, o Brasil venceu por 78 a 53.
O jogo marcou a volta de Iziane à seleção, após o pedido de dispensa do Pré-Olímpico da Colômbia. Em seu primeiro jogo com Ênio Vecchi, ela não mostrou nada diferente do que sempre faz. Deu velocidade ao time, acertou alguns arremessos e foi afobada. "Eu acho que senti a altitude. Estava bem cansada. Mas é bom voltar à seleção", disse a atleta.
“Só estamos esperando essa confirmação da Liga. Assim que definirem as datas, estará tudo certinho. Já temos uma empresa que vai patrocinar, só dependemos mesmo da Liga”, explicou Iziane, que confia em uma decisão positiva, mas não escondeu um fio de decepção com a indefinição. “Acho que é coisa de brasileiro. Deixa tudo para a última hora e as coisas andam devagar mesmo. Eu já me acostumei. Vai começar novembro e podia estar tudo pronto, mas não é assim”, completa.
A maranhense está no centro dos holofotes da seleção brasileira que está disputando os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Após pedir dispensa do Pré-Olímpico, em que a equipe de Ênio Vecchi conquistou a vaga em Londres-2012, ela aceitou disputar um torneio de menor expressão.
“Estou sem clube, só esperando o time do Maranhão. Também estou sem contrato com a WNBA. Então, estava livre. Mas é importante voltar a defender o Brasil”, conta a atleta, que foi cestinha da estreia verde-amarela, contra o Canadá, com 16 pontos.
Enquanto a ala está no México, dirigentes correm no Brasil para confirmar a segunda edição da Liga de Basquete Feminino. O torneio, porém, não tem nenhum patrocinador e convive com atrasos em seu planejamento. Se for confirmada, terá de sofrer corte de gastos.
“Não sabemos quantos clubes vão participar, pois estamos com problemas de verba, de captação”, contou o presidente da LBF, Marcio Cattaruzzi, ao UOL Esporte em setembro. Ele revelou que atualmente a LBF conta apenas com o apoio da Rede Globo, que comprou os direitos de transmissão do torneio para o canal de TV por assinatura Sportv. O dirigente afirmou que entidade ainda conversa com possíveis patrocinadores e aguarda a aceitação de um pedido de participação na Lei de Incentivo junto ao Governo Federal.