Luciana Aymar já foi eleita sete vezes a melhor jogadora do mundo
Luciana Aymar está para o hóquei assim como Maradona está para o futebol. La Maga, como é conhecida na Argentina, lidera o badalado time das leonas sem falsa modéstia. Assume a superioridade que lhe rendeu o título de melhor do mundo sete vezes, dá-se ao luxo de treinar com homens e se poupa contra rivais fracos. Toda a força, porém, também dá lugar à vaidade quando ela pisa no gramado.
A camisa 8 usa a cor rosa onde pode. Tênis, taco, unha, presilha... No melhor estilo Penélope Charmosa, Luciana ainda atrai os holofotes aos 34 anos e caminhando para sua aposentadoria. Não fica devendo nada para suas charmosas companheiras de time.
Ela só faz cara feia quando lembram sua idade. Na entrevista coletiva após a Argentina atropelar Trinidad e Tobago por 11 a 0 na estreia do Pan, Luciana, bem humorada, pediu duas vezes para o técnico Carlos Retegui se calar assim que ele citou seus 34 anos.
Mas o próprio treinador é quem mais endeusa La Maga. Para ele, Luciana Aymar é maior que Lionel Messi e, por isso, a Argentina pode jogar muito mais que o Barcelona. “Lionel é Lionel, Aymar é Aymar.
“É melhor não fazer comparação. Messi é Messi, Aymar é Aymar. Temos muitas qualidades parecidas, mas cada um é cada um”, ponderou a camisa 8, falando em terceira pessoa.
A modéstia, inclusive, não caminha junto com a Maradona do hóquei sobre a grama. Contra as trinitinas, Aymar jogou mais recuada para se poupar. “Não quis me chocar muito com as rivais, quero chegar da melhor maneira possível na semi e na final. Joguei mais atrás, porque se eu fosse atacar, passaria muito fácil por elas. A diferença de qualidade é muito grande.”
Tamanha disparidade faz Aymar se diferenciar até das companheiras no dia-a-dia. Enquanto as demais defendem seus clubes, La Maga joga apenas pela seleção. Quando treina, o faz com times masculinos, também muito fortes na Argentina.
“Tive férias importantes nesse ano, precisava de um grande descanso. Agora só estou jogando pela seleção e substituo os treinos por equipes praticando com homens. Além do talento natural, sempre me esforcei muito e batalhei. Tenho muitos troféus individuais em casa, mas sempre quero aprender alguma coisa”, completou o fenômeno argentino.
Veja o perfil dos atletas brasileiros