Hugo Hoyama recebe a bandeira para carregar na abertura do Pan-Americano dos dirigentes do COB
Hugo Hoyama emocionou e emocionou-se em 2007, ao conquistar o ouro no Rio de Janeiro no que seria o seu último Pan. Só que a promessa de aposentadoria ficou para trás. O mesa-tenista superou as lesões que o incomodavam, virou símbolo da delegação brasileira em Guadalajara e agora se recusa a fazer novas promessas sobre aposentadoria.
“Nunca mais falo que é o meu último Pan. Vou continuar treinando para Londres e quem sabe chego mais para frente. O que eu sei é que não posso deixar de ajudar de alguma maneira. Pode até ser o meu último Pan como jogador, mas quero voltar como técnico, supervisor ou qualquer outra coisa. O que eu não posso é deixar tudo que eu aprendi no tênis de mesa escondido. Tenho de passar para a garotada. Mas agora não estou dando dica nenhuma, senão eles ganham de mim”, disse Hugo Hoyama, após o anúncio oficial feito pelos dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Hugo Hoyama ficou sabendo que será o porta-bandeira do Brasil na noite da última terça-feira, e teve de guardar segredo até de seus companheiros de quarto. Contente e visivelmente emocionado pela oportunidade, ele brincou com o fato de que não teria essa chance se tivesse parado antes.
“Será que o pessoal pensou que eu queria muito ser um porta-bandeira?”, disse Hoyama, aos risos, completando de forma mais séria. “Não quero jogar pelo meu passado no Pan”, disse o mesa-tenista.
Se depender de Bernard Rajzman, ex-jogador de vôlei e chefe de missão do Brasil no México, a aposentadoria está distante. “Eu brinco que quando eu parei, em 1989, ele já estava falando em parar. Em 2007 também, disse que ia parar e não parou. O fato dele não ter desistido nos deixa com muita expectativa”, disse o hoje dirigente.
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