UOL Esporte - Pan 2007
UOL BUSCA

05/08/2007 - 10h39

Fidel Castro afirma que boxeadores desertores não serão presos

Das agências internacionais
Em Havana (Cuba)

O líder cubano Fidel Castro anunciou que os boxeadores Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que desertaram nos Jogos Pan-Americanos do Rio, não serão detidos, informou um artigo publicado neste domingo pelo líder cubano.

Arquivo Folha
Campeão olímpico e mundial, Guillermo Rigondeaux sumiu da Vila Pan-Americana
DESERTORES SÃO PRESOS
FIDEL CONFIRMA DESERÇÕES
BOXEADORES SOMEM
"Estes cidadãos não terão prisão decretada, muito menos serão usados métodos utilizados pelos norte-americanos, como acontece (nas prisões) em Abu Ghraib e Guantánamo. Este tipo de prisão jamais será usada em nosso país", comentou Castro na primeira página do jornal local.

Rigondeaux, campeão olímpico de Sidney-2000 e Atenas-2004, na categoria 54 kg, e Lara, campeão mundial na categoria 69 kg, serão levados "temporariamente a uma casa de visita, onde terão acesso aos familiares e poderão conversar com a imprensa", analisou Castro. "Será oferecido trabalho à favor do esporte, de acordo com seus conhecimentos e experiências", assegurou o líder cubano, que havia os acusado de traição.

Os boxeadores que abandonaram no dia 22 de junho à Vila Pan-Americana antes de competir, foram encontrados pelas autoridades brasileiras na última quinta-feira em Cabo Frio, a 120 km do Rio, sem documentos. Ao serem encontrados, declararam ter cometido um erro, e que estão arrependidos e querem voltar a Cuba.

Castro afirmou que os atletas não foram transferidos para uma prisão, e que permaneciam no mesmo hotel onde foram alojados pela Polícia Federal brasileira, e estão aguardando os documentos necessários para poderem viajar.

"As autoridades solicitaram a documentação e a representação do consulado de Cuba. Seguindo instruções de nosso Embaixador, vamos realizara os tramites pertinente", comentou Castro ao ser perguntado sobra quando os boxeadores vão retornar ao país.

Para o presidente do país centro-americano, o líder Fidel Castro, o caso é uma mostra de "onde o esporte e a política se mesclam, em busca de soluções corretas e princípios, acima dos interesses e das amarguras".

"As autoridades brasileiras podem ficar tranqüilas. Cuba sabe se comportar a altura das circunstancias, acrescentou castro em seu editorial titulado como "A política e o esporte", finalizou Castro.