Após afirmar que o Parque Aquático Júlio Delamare e o estádio de atletismo Célio de Barros poderiam se converter em equipamentos para completar o Maracanã e o Maracanãzinho, o governador do Rio, Sérgio Cabral, voltou atrás. Nesta quarta-feira, ele garantiu a manutenção das instalações.
"Foi uma declaração infeliz. Ouvi reclamações de atletas. Há condições de suprirmos as necessidades do Maracanã e do Maracanãzinho sem tocar no Parque Aquático e no estádio de atletismo", garantiu o governador.
A notícia foi comemorada pelos presidentes das Confederações Brasileiras de Atletismo, Roberto Gesta de Mello, e de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes. "Voltamos a contar com um espaço que é muito importante para o esporte aqui no Rio de Janeiro", comemorou Gesta.
O presidente da CBAt também aproveitou para anunciar a criação de um projeto de centro de treinamento no complexo do estádio olímpico João Havelange, o Engenhão. A instalação conta com duas pistas de atletismo, uma delas de aquecimento. "Essa pista será usada pela Federação do Rio de janeiro e vai ter projetos esportivos", avisa.
A pista principal, porém, deve ser pouco utilizada. Segundo Gesta, o edital de licitação prevê apenas que competições internacionais possam usar a pista. "Estamos tentando um acordo para que as competições nacionais também possam ser disputadas ali", diz o dirigente.
O processo de licitação do Engenhão começou nesta quarta-feira e o Botafogo, em parceria com a empresa norte-americana AEG, foi o único a apresentar proposta. Os envelopes ainda não foram abertos. O edital de licitação ainda está sendo analisado pelo Tribunal de Contas do Município.
Já a CBDA, com a confirmação da manutenção do Júlio Delamare, deve manter os projetos sociais que desenvolve no local. O treinamento de atletas de ponta deve acontecer somente no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, inaugurado para o Pan-Americano.
BOTAFOGO DE OLHO NO ENGENHÃO
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