UOL Esporte - Pan 2007
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31/07/2007 - 08h11

Torneio das musas com bastão acaba na lama e sem terminar

Rodrigo Bertolotto
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Prometia ser o torneio das musas, mas acabou como a competição da lama. No Pan do Rio, o softbol simplesmente não acabou. O vento e a chuva moderados adiaram em dois dias sua estréia. Uma chuva mais intensa decretou seu fim um dia antes da festa de encerramento.

Flávio Florido/UOL
Parte das instalações da Cidade do Rock foi danificada pelo vento durante madrugada
CHUVA ABORTA SOFTBOL
Os EUA, da musa Jennie Finch, foram proclamados campeões, pela melhor campanha. Venezuela e Canadá ficaram com a prata, afinal, não puderam fazer sua semifinal - o bronze ficou órfão.

O resultado final só saiu com uma decisão do corpo técnico. "O único problema agora é ver se tem o número suficiente de medalhas de prata para distribuir. Se não tiver, vai ser mandada por correio depois", disse Olívio Sawasato, gerente da competição do comitê organizador dos Jogos, aumentando o folclore em torno.

O estádio da Cidade do Rock não deu problema apenas para o softbol. O beisebol, na primeira semana dos Jogos, sofreu com a má condição. O torneio teve partidas adiadas mais de uma vez e o mau estado do campo chegou a irritar os jogadores.

Até o ministro do Esporte reclamou da falta de planejamento para abrigar o beisebol e o softbol. Orlando Silva Junior falou que o governo quer explicações dos responsáveis. "Sentimos porque é um dos esportes mais importantes para a América, com jogadores de todo o Caribe jogando nas Grandes Ligas. Foi um descaso", afirmou.

A Cidade de Rock mostrou a faceta que deu errado no evento gigantesco do Rio de Janeiro. Tanto é que foi citado por Mario Vasquez Raña, presidente da Odepa (entidade responsável pelo Pan). "Perfeito esse Pan não foi, mas foi muito bom. A falha no estádio do beisebol e softbol é muito difícil de explicar", disse Raña.

O descaso com o softbol acabou prejudicando a seleção brasileira, que antes tinha feito um ensaio sensual para promover o esporte no Brasil. As musas nipo-brasileiras foram logo lançadas ao papel de "celebridades instantâneas". O time nacional, porém, caiu na primeira fase. E o descaso como foi tratado pelos organizadores mostra que a modalidade vai precisar de mais que pernas torneadas à mostra para se popularizar por aqui.