O esporte foi relegado ao longínquo ginásio Miécimo da Silva, no subúrbio carioca de Campo Grande, mas conseguiu dar hegemonia para o país. Com dois ouros, um par de pratas e três bronzes, o Brasil acabou primeira colocação no caratê do Pan.
 Lucélia Ribeiro, única mulher brasileira tricampeã pan-americana na história |
Em segundo, ficou a República Dominicana, que quatro anos antes sediara a edição anterior da "Olimpíada das Américas". Mas lá em Santo Domingo, como em Winnipeg e também no Rio, a brasileira Lucélia Ribeiro foi a vencedora, sagrando-se a primeira carateca com três ouros nos Jogos na categoria até 58 kg.
O ouro mais surpreendente, porém, foi o de Juarez dos Santos, que saiu de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Com as arquibancadas lotadas de amigos e torcedores, ele venceu o venezuelano Mario Toro por 2 a 0 e conquistou a medalha de ouro acima de 80 kg.
"Tem horas que a gente não acredita onde pode chegar. Um dia você está na academia. E do nada é campeão pan-americano", disse o carateca.
O Brasil ainda participou de duas finais, mas acabou superado e ficou com a prata. Nos dois casos, o finalista brasileiro tinha batido o rival na fase classificatória.
Carlos Lourenço entrou para a sua final, contra o também venezuelano Lucio Plumacher. A disputa era uma reedição da primeira fase, na qual Carlos ele já tinha perdido. O combate terminou 2 a 1 para o venezuelano. "O venezuelano é muito bom, foi campeão mundial uma vez e vice em outra. Estou muito contente com essa prata", disse o brasiliense, que se sente carioca.
Também resignada com a prata ficou Valéria Kumizaki. "Estou um pouco triste, mas estou feliz", definiu a brasileira após a derrota para a guatemalteca Cheily González por 3 pontos a 1 na final da categoria até 53 kg do caratê. Ela batera a centro-americana na fase preliminar.
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