No dia seguinte ao fim do Pan, os camelôs aproveitaram para ganhar dinheiro com os Jogos. Centenas de camisas com o logo do evento e a frase "eu fui" eram vendidas nesta segunda-feira em Copacabana. Cada uma custava R$ 10.
Produtos que fazem alusão ao Pan são procurados até por integrantes de comitês |
"Temos que ser rápidos para lançar moda. Esta vai pegar", disse um camelô, que não quis se identificar. A novidade agradou aos turistas, que compraram várias.
Três integrantes do Comitê Olímpico da Guatemala usaram o último dia no Rio para fazer "negócios". Eles passaram a tarde bebendo cerveja num quiosque.
Todos trocaram peças dos seus uniformes com os camelôs. "Quero levar o máximo de lembrança do Rio para meus parentes. Quero tudo", afirmou Marco Cueva, que disse ser diretor do comitê.
Ele negociou duas camisas e um short do uniforme do seu país por camisas falsificadas da seleção brasileira de futebol e do Pan. Cueva deixou a praia de sunga. Ele chegou ao quiosque de uniforme de passeio da Guatemala. "Se você quiserem, troco estes dois guatemaltecos por uma brasileira", brincou, ao se despedir dos camelôs. O grupo deixaria o Rio à noite.
"Estas camisas guardarei de recordação do Pan, que foi ótimo. Apesar da repressão, ganhei bom dinheiro vendendo Cauês", disse o camelô Carlos Ferreira, 28, citando a mascote dos Jogos.
Dezenas de ambulantes fizeram ponto em frente à loja oficial do Pan em Copacabana, que fez promoção, mas os preços seguiam altos. Uma bermuda custava R$ 150.