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30/07/2007 - 09h01

Ouro confirma Saretta como "tenista de Challenger"

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O brasileiro Flávio Saretta afirmou que a medalha de ouro vencida neste domingo foi a "melhor conquista" de sua carreira. Mas o triunfo no Pan-Americano, comparado com as outras conquistas de sua carreira, é mais do mesmo - ainda falta um grande título ao tenista.

EFE
Ouro de Saretta no Pan é mais do mesmo. Falta ao tenista um grande título na carreira
PERFIL DE SARETTA
MEDALHA DE OURO NO SUFOCO
Os sete torneios que Saretta venceu em sua carreira foram de nível Challenger, algo semelhante ao da competição dos Jogos do Rio. Que ofereceu muita resistência ao brasileiro.

"Os torcedores podem não saber. Foi um campeonato com nível muito forte, mais ou menos como se fosse um bom Challenger, mas nós conhecíamos. As primeiras rodadas foram bem fáceis. Mas, a partir das quartas-de-final, foi um torneio duríssimo", disse o tenista, que foi eliminado nas duplas, ao lado de Marcos, antes da disputa por medalhas.

A chave do Pan teve o medalhista de prata, o chileno Adrian Garcia, como seu tenista mais bem qualificado no ranking de entradas. Ele era o número 126 quando o torneio teve início, seguido por Thiago Alves (136) e pelo próprio Saretta (137).

O Canadá não mandou representantes, e os Estados Unidos só contaram com universitários. Os argentinos inscritos também têm posição modesta: Horacio Zeballos é o 218º, Eduardo Schwank é o 278º e Juan Martin Aranguren ocupa apenas a posição de nº 405 da ATP.

Aos 27 anos, o paulista de Americana já está distante da condição de revelação do esporte brasileiro. O auge de sua carreira já está quase quatro anos distante. Em setembro de 2003, ele conseguira o melhor ranking de sua trajetória, ficando com a 44ª colocação. O máximo que ele conseguiu foram duas semifinais de torneios ATP. Troféu, mesmo, só veio em sete Challengers (três vezes em São Paulo, dois em Bermuda, um em Gramado e outro em Curitiba).

Desde então, o tenista despencou na listagem dos profissionais. Hoje é o número 138 do mundo e pena para tentar voltar ao grupo dos 100 melhores. De modo que sua inscrição em competições de alto nível fica mais difícil, e a possibilidade de conquistar seu primeiro torneio no circuito ATP se torna mais remota.

Na atual temporada, ele jogou apenas dois torneios deste tipo e 12 Challengers - a melhor campanha foi o vice-campeonato em Bogotá, onde perdeu para o espanhol Santiago Giraldo na decisão.

Feminino
A segunda medalha do Brasil no tênis saiu para as duplas femininas, com Joana Cortez (que havia sido campeã em Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003) e Teliana Pereira, com um bronze. Na chave feminina de simples, Teliana perdeu na estréia e Joana e Jenifer Widjaja caíram na segunda rodada.