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30/07/2007 - 09h05

Medalhas decididas no peso do atleta marcam participação brasileira

Lello Lopes
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Um bronze conquistado por 3,7 kg. Um bronze perdido por 250 g. E uma medalha jogada fora após uma efusiva comemoração. Estes foram os três momentos mais marcantes da equipe brasileira de levantamento de peso nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

Reuters
Por ser "gordinha", a brasileira Jaqueline Ferreira perdeu a medalha de bronze
JAQUELINE PERDE BRONZE
"MAGRINHO" GANHA BRONZE
Primeiro, o triunfo. Fabrício Mafra, guarda municipal na cidade mineira de Viçosa, conseguiu erguer 338 kg em sua categoria, a mesma marca conseguida pelo argentino Damian Abbiate. Como o critério de desempate é o peso do atleta, Mafra levou a medalha por ser 3,7 kg mais magro que o adversário.

Por ser 'magrinho', Mafra acabou com um jejum de 12 anos sem medalhas do Brasil na modalidade. O último pódio do país havia sido conquistado por Edmilson Dantas, atual técnico da seleção.

O peso também foi determinante para a sorte de Jaqueline Ferreira no Pan. A brasileira ergueu 63,650 kg e empatou em terceiro lugar com a venezuelana Vanessa Nuñez. Mas a brasileira ficou de fora do pódio por ser 250 g mais pesada que a adversária.

Mas talvez a derrota mais marcante tenha sido a de Aline Campeiro. Na primeira parte da prova, o arremesso, ela conseguiu erguer 70 kg, o que a deixou em segundo lugar na disputa. Assim que completou o arremesso, Aline vibrou bastante, e pulou no colo do seu técnico. Ao tocar o solo, porém, sofreu um sério entorse no joelho esquerdo e não teve condições de disputar o arremesso.

"Eu nunca vi isso. Não foi durante o arremesso, mas depois. Ela bateu por três quilos o recorde brasileiro do arremesso e, pelo que ela estava treinando, seria prata certamente. Em um acidente, você sempre fica assustado. Em um acidente como esse, fica mais ainda", disse o técnico do Brasil, o romeno Dragus Stanica.

Enquanto os brasileiros lutavam por uma medalha, Cuba e Colômbia travavam uma guerra pelo domínio da modalidade. Os dois países conquistaram cinco medalhas de ouro, mas os colombianos levaram a vantagem na prata (três contra uma).

O cubano Sérgio Alvarez, a dominicana Yudelquis Contreras e a colombiana Leidy Solis ainda deixaram os Jogos do Rio de Janeiro com o novo recorde pan-americano.