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30/07/2007 - 09h01

Ciclismo dobra medalhas e ganha velódromo para sonhar com pista

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O ciclismo brasileiro dobrou seu número de medalhas no Rio de Janeiro em relação ao Pan de Santo Domingo-2003. Mas a maior conquista do esporte foi a construção do velódromo que abrigou as provas de pista e de patinação, o segundo da América do Sul com piso de madeira e coberto.

Folha Imagem
Velódromo do Pan usou madeira importada da Sibéria exclusivamente para o evento
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Da delegação da equipe de velocidade, apenas um brasileiro havia competido em uma arena do tipo - o veterano Hernandes Quadri Jr., no Mundial da Suíça, de 2003. Os outros só haviam pedalado em pistas de concreto e a céu aberto.

"É um centro de ciclismo de primeiro mundo. Nunca andei em nada igual, com tanto conforto", afirmou Rodrigo "Morcegão" de Melo Brito. "Seria ideal termos uns cinco ou seis desses", disse Quadri.

E o velódromo correu risco de não ser erguido. A Prefeitura carioca planejava montar uma instalação apenas temporária, devido a um orçamento inicial superior a R$ 50 milhões. Sob orientação de Ieda Botelho, presidente da federação do Rio, porém, a obra teve custo reduzido, com arquibancada menor (que acolhe 1.500 espectadores sentados) e menos adereços.

A novidade, porém, não surtiu efeitos imediatos para a seleção de pista, que não conquistou nenhuma medalha. A Colômbia, por sua vez, ganhou três ouros, três de prata e uma de bronze.

Dois pódios do Brasil vieram na estrada, com o "europeu" Luciano Pagliarini na prova de estrada masculina e com Clemida Fernandes no contra-relógio feminino. Sua irmã Janildes, medalhista em Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003, desta vez passou em branco.

O Mountain Bike rendeu uma medalha de prata com Rubens Donizete, o Rubinho, que foi inscrito no Pan de última hora por pressão dos atletas da modalidade, substituindo Edivando Cruz, que havia obtido o mesmo resultado na República Dominicana.

A quarta medalha, também de prata, veio com a novidade do ciclismo no Rio de Janeiro - o BMX, vertente radical do esporte. Ana Flávia Sgobin. A atleta havia abandonado a bicicleta em 2006. Na atual temporada, foi convencida a retornar, justamente pela realização da competição continental. Ela, então, dividiu as atividades em um escritório de contabilidade com os treinos.