UOL Esporte - Pan 2007
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30/07/2007 - 09h02

Pan inverte papéis das seleções de basquete

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O Pan funciona como uma realidade alternativa no basquete brasileiro. Quando se trata dessa competição, a seleção masculina é elevada à condição de potência, enquanto a feminina fica para trás.

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Apesar dos triunfos seguidos no Pan, o time masculino não vai a duas Olimpíadas já
BRASIL É TRICAMPEÃO
BRASILEIRAS PERDEM PARA EUA
As garotas brasileiras jogaram as duas últimas Olimpíadas - foram medalha de bronze em Sydney-2000 e quartas colocadas em Atenas-2004, enquanto os homens ficaram fora. Nos últimos dois Mundiais, as garotas ficaram em sétimo e quarto, enquanto os homens ocuparam os 8º e 17º lugares. No Rio de Janeiro, porém, foi confirmada a tendência de a competição colocar os homens degraus acima.

Na despedida de Janeth e do técnico Antonio Carlos Barbosa, a seleção conquistou a medalha de prata, superada pelos Estados Unidos. O Brasil, que é uma das maiores forças do continente, não conquista um ouro nessa categoria desde Havana-1991.

Já o time de Lula Ferreira conquistou o inédito tricampeonato do torneio ao atropelar o Porto Rico na decisão na Arena Multiuso - talvez a maior atração da modalidade no Rio, com a modernidade e infra-estrutura necessárias para se receber algum time da NBA. Quem esteve presente nas três conquistas foi o ala-armador Marcelinho Machado, único jogador de basquete a conseguir o feito na história do Pan.

O torneio masculino, por um lado, não contou com a força máxima de seus participantes. Um dos poucos times nessas condições, o Uruguai, acabou com um pódio inédito, levando o bronze.

Os Estados Unidos enviaram uma inexperiente seleção universitária. A Argentina, campeã olímpica, foi representada por uma formação "C". Enquanto Porto Rico e Canadá usaram o torneio para avaliar peças complementares para o Pré-Olímpico de Las Vegas. Mas essa também era a condição brasileira, com apenas dois jogadores possivelmente titulares - Valtinho e Machado.

Do outro, a seleção feminina também não enfrentou rivais 100% respaldados. Nem mesmo as medalhistas de ouro - as norte-americanas presentes no Rio eram universitárias. A Argentina, surpresa do último Mundial, ficou sem quatro titulares.

Todavia, a prioridade na temporada de ambas as equipes do país é a classificação à Olímpiada na Copa América.

Neste ano, o time masculino pode dar fim ao jejum de participação nos Jogos, como um dos favoritos à conquista de uma das duas vagas em jogo. O feminino enfrenta um cenário um pouco mais complicado, já que há apenas uma vaga disponível, e os Estados Unidos ainda não estão assegurados em Pequim-2008. E dessa vez colocará em quadra suas estrelas da WNBA.