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29/07/2007 - 20h00

Festa repete vaias e coreografias, mas introduz mariachis e funk

Bruno Doro e Rodrigo Bertolotto
Enviados especiais do UOL
No Rio de Janeiro

As vaias e coreografias que ficaram marcadas da cerimônia de abertura do Pan-Americano do Rio de Janeiro se repetiram neste domingo, na festa de encerramento do Rio 2007. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi vaiado, as músicas e coreografias se repetiram.

Flávio Florido/UOL
Como na abertura, fogos de artifício foram destaque também no encerramento do Pan
EFE
Thiago Pereira, que conquistou oito medalhas no Pan, foi o porta-bandeira
AFP
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No final da festa, porém, uma inovação: o público vibrou com o funk de Fernanda Abreu e aplaudiu muito os mariachis que se apresentaram na passagem do bastão do Rio de Janeiro para Guadalajara, próxima sede do Pan.

Antes disso, a cerimônia pouco empolgou. As vaias aos políticos se repetiram. Quando o presidente do Comitê Organizador do Pan, Carlos Arthur Nuzman, agradeceu aos poderes federal, estadual e municipal, vaias e aplausos se confundiram. Quando o presidente da Odepa, Mário Vázquez Raña, agradeceu a Lula, ao governador Sérgio Cabral e ao prefeito César Maia, Lula e Maia foram vaiados.

Um dos pontos altos da festa aconteceu logo no início, quando o hino nacional foi tocado. Os bombeiros que participaram do resgate das vitimas do acidente com o avião da Tam, em São Paulo, entraram no estádio carregando a bandeira do Brasil.

Depois, foi a vez dos atletas brasileiros serem ovacionados. Os dois telões mostraram os melhores momentos do Pan e o público aplaudiu e gritou cada vez que reconheceu um brasileiro nas imagens, principalmente quando apareceram as meninas do futebol feminino.

Enquanto isso, o lugar reservado aos atletas permanecia quase vazio. Poucos compareceram à festa e o local, que ficou lotado na abertura, tinha apenas 15 % de ocupação. Os cubanos, que deixaram o Brasil às pressas ontem, estiveram presentes com uma delegação muito reduzida.

Quando Raña encerrou o Rio 2007, começou a passagem do bastão para a próxima sede do Pan, a mexicana Guadalajara. A festa mexicana foi mais empolgante que a reedição brasileira. Guerreiros maias entraram no palco e dançaram, para depois serem substituídos por "mariachis". O Estado de Jalisco, onde fica Guadalajara, é a terra natal desses artistas, que foram acompanhados, com palmas, pelas arquibancadas.

Entre os artistas brasileiros, quem mais levantou o público foi Fernanda Abreu, com uma seleção de música do funk carioca. Antes dela, Arnaldo Antunes com o "Viva essa Energia", José Miguel Wisnik com uma música nativa, a família Caimmy, Lenine e o uruguaio Jorge Drexler, ganhador do Oscar por melhor canção original do filme "Diários de Motocicleta", cantaram e o DJ Mike Relm, com música e vídeo, se apresentou.

Os baianos Caimmy, aliás, foram os responsáveis por apagar a pira do Pan. Cantando, Danilo, filho de Dorival, e sua filha, Alice, subiram até o pé da pira e simbolizaram um assopro. Aos poucos, o chama se apagou.