UOL Esporte - Pan 2007
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29/07/2007 - 19h25

Após gafe, Rio 2007 segue protocolo e é declarado melhor da história

Bruno Doro e Rodrigo Bertolotto
Enviados especiais do UOL
No Rio de Janeiro

EFE
Mario Vázquez Raña declara a edição carioca do Pan como a melhor da história
A CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO
A quebra de protocolo que marcou a cerimônia de abertura do Pan-Americano do Rio de Janeiro não se repetiu neste domingo, na festa de encerramento do Rio 2007. O Comitê Organizador seguiu a cartilha desta vez e viu o presidente da Odepa, o mexicano Mario Vázquez Raña, declarar a edição carioca a melhor da história.

Como é de praxe nas cerimônias de encerramento, Raña fechou a festa dizendo que "o Rio celebrou os melhores Jogos Pan-Americanos da história". Nas últimas edições do Pan, ele só não repetiu o gesto em Santo Domingo-2003, marcado por atrasos e confusões e com a memória viva de Winnipeg-1999, o mais elogiado da história.

No sábado, o mexicano, que preside a Odepa há mais de 30 anos, tinha evitado declarar o Rio-2007 como o melhor da história, afirmando que os Jogos tinham sido "quase perfeitos". Neste domingo, o dirigente fez o elogio, mas com um ar um tanto constrangido. Logo em seguida, às 19h05, Raña declarou fechado o Pan.

Durante os discursos, Raña elogiou bastante o Rio de Janeiro disse que os Jogos "passam à historia porque demosntramos ao mundo que podemos organizar, na América, até mesmo os Jogos Olímpicos de 2016".

Já Nuzman preferiu ignorar, mais uma vez, os problemas do Pan, como o caos na Cidade do Rock. "O Rio 2007 transcorreu na mais perfeita ordem e consolidou a capacidade do Brasil realizar grandes eventos. A Cidade Maravilhosa viveu em total sintonia com o Jogos, com o espírito vibrante, amigável e acolhedor do povo carioca. Minha mensagem final é de agradecimento. Brasil, missão cumprida".
OLIMPÍADAS DE 2016
Antes disso, a cerimônia empolgou em poucos momentos. As vaias, que marcaram a abertura e fizeram com que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fosse o primeiro chefe de estado a não abrir o Pan, voltaram. Quando o presidente do Comitê Organizador do Pan, Carlos Arthur Nuzman, agradeceu aos poderes federal, estadual e municipal, um misto de vaias e aplausos foi ouvido.

Raña não teve a mesma sensibilidade de Nuzman para colocar os agradecimentos ao poder público juntos. Quando ele citou os nomes de Lula e do prefeito do Rio, César Maia, o público presente vaiou, demonstrando uma briga política velada nas arquibancadas do Maracanã.

Quando Raña encerrou o Rio 2007, começou a passagem do bastão para a próxima sede do Pan, a mexicana Guadalajara. A bandeira da Odepa foi passada para os mexicanos, mas antes, o prefeito César Maia a beijou.