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28/07/2007 - 11h37

Hugo Hoyama se despede do Pan com bronze e choro

Lello Lopes
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A história do brasileiro Hugo Hoyama nos Jogos Pan-Americanos terminou com uma medalha de bronze. Neste sábado, o recordista de ouros do Brasil na competição perdeu a semifinal para o chinês naturalizado argentino Song Liu por 4 a 2 (11-4, 11-7, 7-11, 11-5, 6-11 e 11-7) e ficou em terceiro lugar nos Jogos do Rio de Janeiro.

Após a partida, o brasileiro sentou ao lado da quadra e chorou, no ato final de sua participação em Pan-Americanos. "Aquele foi um choro de despedida, e não de derrota", disse o mesa-tenista.

Lello Lopes/UOL
Hugo Hoyama chora após a derrota para o argentino e fecha ciclo em Pan-Americanos
MONTEIRO TAMBÉM LEVA O BRONZE
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A medalha foi a 14ª de Hoyama em Pans. Na competição, ele conquistou nove ouros, uma prata e quatro bronzes. Com o título por equipes obtido no começo da semana, Hoyama se tornou o brasileiro com mais medalhas de ouro nos Jogos.

"Foi uma carreira vitoriosa. É um currículo legal que eu vou guardar na minha memória. Espero que sirva de exemplo para outros atletas", afirmou Hoyama.

A derrota de Hoyama propicia também uma final chinesa, uma vez que Liu vai enfrentar na decisão o chinês naturalizado dominicano Ju Lin, que na outra semifinal derrotou o brasileiro Thiago Monteiro.

A diferença é que Liu mora na Argentina há muitos anos, e fala espanhol perfeitamente. Já Lin foi naturalizado dominicano pouco antes dos Jogos de Santo Domingo, e ainda tem pouco contato com o país que defende.

Diante de Hoyama, Liu foi muito superior. O argentino conseguiu vencer com facilidade os dois primeiros sets. O brasileiro, entretanto, se reencontrou em quadra e dificultou a vida do adversário. Mas nem o apoio da torcida, que gritou "vamos virar Hugo", ajudou Hoyama a derrotar o "hermano".

"Infelizmente não deu, o Liu jogou muito bem. Mas perdi o jogo também porque desperdicei algumas chances. Com certeza saio com a sensação de dever cumprido porque em nenhum momento eu me entreguei. Queria terminar da melhor forma possível e acho que terminei porque fui um guerreiro", disse Hoyama, que deve se aposentar após a Olimpíada de Pequim, no ano que vem.