Barco virado e decepções acabam com Pan da canoagem feminina

Quando Nayane Pereira e Ariela Pinto viraram o caiaque logo na largada da final do K2 500 metros, confirmavam o fracasso da canoagem feminina no Pan-Americano do Rio de Janeiro. Apesar de ter chegado em todas as finais, não trouxe nenhuma medalha.

"Acho que sofremos com o psicológico", admitiu o técnico Álvaro Koslowski. O maior exemplo foi justamente o barco de Nayane e Ariela. Primeiras no Campeonato Pan-Americano deste ano, na etapa da Hungria da Copa do Mundo, elas ficaram à frente de todas as atletas que competiram no Rio de Janeiro.

"Era uma grande esperança de ouro. Para ter uma idéia, nosso K2 500 metros fez na Hungria um tempo um segundo melhor do que a do ouro aqui", lamenta o treinador. "Mas não quero encontrar culpados. Se alguém é culpado, sou eu que não consegui segurar a cabeça das meninas".

Outro problema apontado foi a substituição, ás vésperas do Pan, de Bruna Gama por Luana Rech, de apenas 16 anos. Em sua primeira competição com o time, a novata não teve um bom desempenho.

"Não podemos negar que a base de praticantes no Brasil é fraca para a canoagem. Tanto que, quando tivemos que substituir a Bruna, tivemos de convocar uma menina de 16 anos. A Luana tem potencial, mas ainda não estava pronta. Mas saímos de cabeça levantada", afirma Koslowski.

Luana competiu no K4 500 metros, grande aposta dos técnicos para o ouro antes do Pan, que terminou apenas em quinto lugar. Além do último lugar na final do K2 500 m, Naiane foi sexta no K1 500 m.

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