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28/07/2007 - 19h28

Cuba domina boxe, mas vê desempenho afetado por deserções

Da Redação*
Em São Paulo

A disputa do boxe no Pan-Americano do Rio de Janeiro apresentou uma descentralização de medalhas incomum no continente. Se para os brasileiros, anfitriões dos Jogos, o grande fato foi o primeiro ouro em 44 anos (com o meio-médio Pedro Lima), internacionalmente o acontecimento mais relevante foi a pequena diminuição da supremacia da sempre favorita Cuba sobre os demais adversários do continente, afetada principalmente pela deserção de dois pugilistas.

CUBA VENCE 5 DAS 11 CATEGORIAS
AFP
Ouro entre os leves, Yordenis Ugas colaborou no desempenho cubano
Mosca Ligeira (48 kg)
Kevin Velasquez (EQU)
Mosca (51 kg)
McWilliams Arroyo (PUR)
Galo (54 kg)
Claudio Marrero (DOM)
Pena (57 kg)
Idel Torriente (CUB)
Leve (60 kg)
Yordenis Ugas (CUB)
Médio ligeiro (64 kg)
Karl Dargan (EUA)
Meio-médio (69 kg)
Pedro Lima (BRA)
Médio (75 kg)
Emilio Correa (CUB)
Semi-pesado (81 kg)
Eleider Alvarez (COL)
Pesado (91 kg)
Osmay Acosta (CUB)
Super-pesado (+ de 91 kg)
Robert Alfonso (CUB)
PEDRO LIMA QUEBRA TABU NO PAN
TODAS AS MEDALHAS DO BOXE
Principal potência mundial da modalidade, Cuba viu sua produção de medalhas decrescer em relação ao Pan anterior. Em Santo Domingo, os cubanos deixaram os ringues com dez pódios (seis de ouro, três de prata e uma de bronze), contra oito nos Jogos do Rio de Janeiro (cinco ouros, uma prata e dois bronzes), em queda de números mais qualitativos do que de fato quantitativos.

Na briga para manter a supremacia no boxe pan-americano, Cuba sofreu seu mais duro golpe fora dos ringues, com as deserções de Guillermo Rigondeaux (galo) e Erislandy Lara (meio-médio), pugilistas favoritos em suas respectivas categorias, no transcorrer da disputa dos Jogos do Rio de Janeiro.

"Cinco ouros com nove participantes é um resultado positivo. Em Santo Domingo, ganhamos seis ouros com a equipe completa, 11 lutadores. Disputamos aqui com nove e vamos voltar para casa com cinco ouros. Não há dúvidas que é um resultado positivo", comentou Pedro Roque, técnico da equipe cubana.

Guillermo Rigondeaux medalhista de ouro nas Olimpíadas de Sydney-2000 e Atenas-2004 e campeão pan-americano em Santo Domingo-2003 na categoria até 54 kg (galo), e Erislandy Lara, campeão mundial de 2005 da categoria até 69 kg (meio-médio), não compareceram à pesagem obrigatória antes das lutas em julho. A deserção dos dois pugilistas foi confirmada no dia seguinte pelo presidente cubano Fidel Castro.

Erislandy Lara era o principal favorito entre os meio-médios, categoria que viu a conquista de Pedro Lima. O brasileiro, que derrotou o norte-americano Demetrius Andrade na decisão, conquistou o primeiro ouro pan-americano para o boxe do país desde 1963, nos Jogos de São Paulo. Na ocasião, Luiz Leonidas César, Elcio Neves e Rosemiro Mateus Santos triunfaram.

CUBA: MENOS MEDALHAS
SANTO DOMINGO - 2003
Seis ouros
Três pratas
Um bronze
RIO DE JANEIRO - 2007
Cinco ouros
Uma prata
Dois bronzes
Neste sábado, no desfecho da disputa do boxe no Pan-Americano, quatro pugilistas cubanos subiram ao ringue para disputar a medalha de ouro. Todos eles confirmaram o favoritismo em suas respectivas categorias, levando o país a cinco conquistas.

Entre os penas, Idel Torriente derrotou o porto-riquenho Abner Roman em combate equilibrado pelo placar de 7 a 5. Em seguida, Emilio Correa confirmou o favoritismo na decisão dos médios com a tranqüila vitória sobre o dominicano Argenis Nuñez por 22 a 5.

Na seqüência foi a vez do pesado Osmay Acosta conquistar seu ouro, com triunfo por 11 x 3 sobre o venezuelano Jose Julio. O super-pesado Robert Alfonso fechou o programa pan-americano com a vitória por 8 a 4 sobre o colombiano Oscar Rivas.

Antes, ainda na sexta-feira, Ugas Yordenis havia conquistado o primeiro ouro cubano no Pan do Rio. O pugilista derrotou com folgas o brasileiro Everton Lopes na decisão dos leves.

*com agências internacionais