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27/07/2007 - 23h24

Brasil supera trauma, bate Venezuela e vai à final do vôlei

Lello Lopes
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Em um ginásio do Maracanãzinho superlotado, a seleção brasileira masculina de vôlei derrotou a Venezuela por 3 sets a 0 (30-28, 25-18 e 25-16), superou o maior trauma da "Era Bernardinho" e se classificou para enfrentar os Estados Unidos na decisão dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

EFE
Ponta Giba passa pelo bloqueio e marca mais um ponto para o Brasil na partida
Sílvio Ávila/Divulgação
Novo capitão da seleção vibra muito com o ponto durante a vitória contra a Venezuela
Flávio Florido/UOL
Brasileiro Dante ataca marcado
por bloqueio triplo da Venezuela
TIME BUSCA MELHORA NA DEFESA
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Derrotados pelos venezuelanos na semifinal do Pan de 2003, em Santo Domingo, os brasileiros deram o troco nesta sexta-feira. Com um saque muito forte, a seleção conseguiu neutralizar o ataque adversário para avançar à final. Neste sábado, o Brasil tenta quebrar com um jejum de 24 anos sem título no Pan.

O Maracanãzinho recebeu o seu maior público neste Pan. Muitas pessoas tiveram problemas com os ingressos e foram acomodadas em locais reservados a atletas e dirigentes no ginásio.

Em quadra, o Brasil entrou com seis titulares que estavam na derrota de 2003: os pontas Giba e Dante, os centrais Gustavo e Rodrigão, o oposto André Nascimento e o libero Escadinha. Apenas o levantador Marcelinho não estava naquele grupo.

No primeiro set, o Brasil encontrou muita dificuldade para segurar os ataques de Harry Gomez e Ivan Márquez. A seleção ficou em desvantagem em quase toda a parcial. A Venezuela, dirigida por Ricardo Navajas, chegou a fazer 23 a 19.

Mas a boa passagem de André Nascimento no saque salvou o Brasil, que marcou cinco pontos consecutivos. No final do set, o técnico Bernardinho tirou o oposto para colocar o ponta Murilo. E foi com um bloqueio do jogador que a seleção fez 29-28. Na seqüência, um ataque para fora de Ivan definiu a parcial a favor do Brasil.

"O primeiro set eles jogaram muito bem. Nós entramos muito ansiosos e não conseguimos nos impor. Depois, aos poucos, conseguimos nos recuperar", disse o meio-de-rede Gustavo, segundo maior pontuador da seleção na partida, com 10 pontos -três a menos que o oposto André Nascimento.

No segundo set, o saque brasileiro entrou com muito mais firmeza, desestabilizando o sistema ofensivo da Venezuela. O primeiro ponto foi logo um ace de Gustavo. A seleção seguiu abrindo vantagem.

Um erro bobo dos adversários deixou a diferença em confortáveis seis pontos (17-11). O time brasileiro seguiu confiante em quadra. E com um ataque de meio de Rodrigão fechou o set em 25-18.

No terceiro set, o domínio continuou nas mãos do Brasil. A seleção conseguiu até ponto de bloqueio com o "baixinho" Marcelinho, de 1,83 m. Empurrada pela torcida, a equipe não deu chances para a Venezuela, fechando o placar em 25-16, com um ataque de Giba.

"O jogo foi bom. Apesar de termos começado mal, conseguimos reverter a situação. Agora é pensar nos Estados Unidos. Hoje a gente não encaixou algums defesas e eles abriram uma certa vantagem. Temos que ficar mais atentos a estes detalhes", analisou o ponteiro Dante.