UOL Esporte - Pan 2007
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27/07/2007 - 09h16

Brasil comemora 'descanso' antes de jogo decisivo do Pan

Lello Lopes
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Não foi exatamente uma folga, mas os dois dias sem jogos que os titulares da seleção brasileira tiveram no meio do Pan-Americano serviram para dar um novo gás para o time. Nesta sexta-feira, às 22h, a equipe vai precisar dessa energia a mais na semifinal contra a Venezuela, no ginásio do Maracanãzinho.

A "folga" começou na quarta-feira, quando os titulares foram poupados do jogo contra o México. Apenas o meio-de-rede Rodrigão, o levantador Marcelinho e o líbero Escadinha atuaram em toda a partida. Nesta quinta, a seleção teve um dia sem partidas, apenas com treinos.

"O time acumulou energia", afirmou o técnico Bernardinho após o treino da noite desta quinta-feira no Maracanãzinho.

Antes do Pan, a seleção participou de uma verdadeira maratona pela Liga Mundial, com jogos no Canadá, na Finlândia e na Polônia. Quando chegou ao Rio, a equipe ainda passou o estresse pelo corte de seu capitão, o levantador Ricardinho. Por isso, qualquer momento de descanso é comemorado.

"Para quem não tem descanso um dia muda muito", conta o ponteiro Dante. Eleito o melhor atacante do último Mundial, Dante já sentiu a diferença na noite desta quinta. "Este com certeza foi o melhor treino que fizemos aqui no Pan."

Para o levantador Marcelinho, substituto de Ricardinho na equipe, o ritmo puxado dos treinamentos às vezes cansa mais do que o jogo. "O que a gente faz no treino é muito maior do que no jogo", disse.

Marcelinho é um dos poucos jogadores deste elenco que não estavam na derrota para a Venezuela quatro anos atrás, nas semifinais do Pan de Santo Domingo. Mesmo assim, o jogador encara a pressão pela vitória nos Jogos do Rio.

"Todo mundo espera muito da nossa equipe. Este é o título que falta, vamos correr atrás dele com toda a nossa força", falou o levantador da seleção.

Segundo Bernardinho, o Brasil precisa entrar em quadra com o pensamento vencedor que marcou a seleção desde 2001, quando o treinador assumiu o comando do time.

"No momento decisivo eles (os jogadores) sabem que podem. Na nossa cabeça é essa vontade de ganhar o Pan", disse o treinador, que lembrou a derrota de 2003. "A Venezuela jogou uma ótima partida, mas nós jogamos muito mal. Mesmo assim ainda conseguimos ganhar dois sets".