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27/07/2007 - 11h22

Frevo dá bronze ao Brasil no dueto do nado sincronizado

Fernanda Brambilla
Enviada especial do UOL
No Rio de Janeiro

As brasileiras Caroline Hildebrandt e Lara Teixeira conquistaram a medalha de bronze na disputa de dueto do nado sincronizado dos Jogos Pan-Americanos, nesta sexta-feira, no Parque Aquático Maria Lenk.

EFE
Últimas a se apresentar, as brasileiras empolgaram o público com o frevo...
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...e conquistaram a medalha de bronze na disputa de dueto do nado sincronizado
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Últimas a se apresentar, as brasileiras empolgaram o público, que se amontoou na metade da arquibancada que dava melhor visão à piscina, com coreografia baseada no frevo.

Antes delas, Andrea Nott e Christina Jones, dos Estados Unidos, haviam conseguido 95,500, cravando o ouro até então, à frente de Marie-Pier Bourdreau Gagnon e Isabelle Rampling, do Canadá, que tinham a prata com 95,089 pontos. Com esse cenário, Lara e Caroline saltaram n´água com a obrigação de superar as venezuelanas, que obtiveram 88,251, pelo pódio. Com 90,067, a dupla assegurou o bronze.

"Nosso objetivo foi alcançado, a medalha de bronze era nossa meta. Acredito que nossa idéia de usar o frevo foi muito feliz, já que o público identificou os movimentos e se empolgou durante toda a apresentação. A gente queria muito isso, que a torcida se divertisse", comemorou Lara. "A torcida começou a nos aplaudir antes mesmo das norte-americanas saírem da piscina, o que foi muito emocionante."

Para Carol, a dupla melhorou as médias, o que foi o principal mérito da apresentação. "Treinamos muito. Até trancamos faculdade para a dedicação ser total ao Pan", disse a estudante de administração. As notas do dueto oscilaram entre 9.0 e 9.3.

A dupla agora tem pela frente o pré-Olímpico, onde buscará uma vaga para Pequim. No Pan, somente as medalhistas de ouro se classificam para a Olimpíada. "A idéia é manter essa coreografia livre e fazer alterações no programa curto, técnico, até o ano que vem", adiantou Carol.

A medalha de bronze confirmou a posição do Brasil, já que é a mesma há oito anos. Atrás de norte-americanas e canadenses, as brasileiras pensam agora em aumentar o nível técnico.

"Mais uma vez ficamos atrás apenas desses dois países. O primeiro passo foi conseguir a média um pouquinho mais alta. Agora, vamos trabalhar mais e mais para tentar aumentar a dificuldade no que der", disse Lara.

Nesta manhã, foi realizada a segunda parte das finais, com a apresentação da rotina livre. A nota é somada ao valor obtido na primeira exibição, de rotina técnica, para a obtenção da pontuação final.

Na quarta-feira, o dueto brasileiro obteve a terceira colocação na apresentação da rotina técnica, de movimentos obrigatórios, que conta 50% da nota final. As brasileiras ficaram atrás apenas das norte-americanas e das canadenses, com 45.084 pontos, mas com certa desvantagem para as líderes. A dupla dos Estados Unidos obteve 47.250 e a do Canadá fechou o primeiro dia com 47.167.

Em Santo Domingo-2003, as gêmeas Carolina e Isabela de Moraes levaram o bronze em apresentação marcada pela superação. Na época, Carolina disputou com o pé quebrado, e chegou à piscina de cadeira de rodas. Também no Pan anterior, o Brasil terminou atrás de norte-americanas, que levaram o ouro, e canadenses, que ficaram com a prata. Em Winnipeg-99, a dupla brasileira também levou bronze.