Quando César Almeida pulou o 13º obstáculo e fechou sem faltas o percurso no Complexo de Deodoro, o Brasil garantiu a medalha de ouro na prova de saltos do hipismo dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Mas o ginete afirma que não foi ele o maior responsável pelo feito, e sim o seu cavalo, Singular Joter II.
"O cavalo é muito importante neste momento. O cavalo representa uns 70% da vitória. Ele é coração e cabeça", disse César Almeida logo após garantir o 37º ouro do Brasil no Pan de 2007.
Na quinta-feira, primeiro dia da disputa de saltos, César Almeida teve problemas. O estribo (objeto que dá apoio para o pé) quebrou, e o conjunto cometeu três faltas e perdeu 11,66 pontos.
Nesta sexta, entretanto, a dupla foi perfeita. César Almeida e Singular zeraram o percurso duas vezes e ajudaram o Brasil a ficar com a medalha de ouro.
"Foi uma alegria enorme porque o acidente de ontem mexeu bastante. Aquele acidente tirou um pouco da concentração, mas sabia que poderia recuperar o resultado ruim", disse o ginete.
Após o bom desempenho nesta sexta, Singular vai ganhar um presente. "Vou enchê-lo de carinho, de cenoura e de alfafa", prometeu o cavaleiro, o único da equipe campeã que mora e treina no Brasil.
Já Pedro Veniss, dono das melhores marcas nos dois primeiros dias de disputa, a participação do cavalo é um pouco menor. "Acho que é 50% o cavalo e 50% o cavaleiro. Graças a Deus os nossos cavalos estavam bem preparados", disse o ginete, que larga na frente na disputa individual no próximo domingo.