O pernambucano Jessé Farias conquistou a quarta colocação na prova do salto em altura dos Jogos Pan-Americanos, disputada nesta sexta-feira no estádio João Havelange, o Engenhão.
Farias, que detém o recorde brasileiro com 2,30 m, abandonou a disputa nos 2,24 m. James Grayman, das Antilhas Holandesas, foi o seguinte a deixar a disputa.
"Fui mal, 2,24 m não é uma marca boa", lamentou Farias. "Errei na técnica. Estava treinando muito bem, e tinha até conseguido repetir os 2,30 m, mas cometi falhas na corrida."
Para o brasileiro, a má adaptação ao Engenhão lhe custou a medalha. "Até vim treinar aqui no estádio antes da prova para evitar errar a distância, mas não adiantou. Fiquei freando na corrida, e isso mata o salto", comentou Farias.
"Não fiquei muito chateado, porque percebi que a medalha está mais perto do meu alcance do que eu imaginava antes de vir para o Pan. O nível não está tão forte, tive chances reais de levar o bronze", contentou-se. "Agora, é pensar no Mundial. Não vou ficar me martirizando."
No fim, o cubano Victor Moya e Donald Thomas, das Bahamas, levaram a disputa até 2,28 m. Thomas, das Bahamas foi fortemente aplaudido, e ganhou a afeição dos torcedores por rivalizar com Cuba. Mas com 2,30 m, o atleta de Bahamas errou as três tentativas.
Com o ouro assegurado, Moya ainda tentou se aproximar do recorde pan-americano da prova, 2,40 m, de seu compatriota Javier Sotomayor, de Mar Del Plata-95. Sem sucesso, se contentou com 2,32 m, que lhe valeram a medalha de ouro. Thomas ficou com o bronze e Grayman, das Antilhas Holandesas, levou o bronze.