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27/07/2007 - 17h16

Keila Costa conquista a prata no salto triplo; Maurren fica em 4º

Fernanda Brambilla
Enviada especial do UOL
No Rio de Janeiro

A cubana Yargelis Savigne acabou com a expectativa da segunda dobradinha brasileira e levou a medalha de ouro no salto triplo feminino dos Jogos Pan-Americanos, nesta sexta-feira no estádio João Havelange, o Engenhão. Keila Costa ficou com a medalha de prata. Maurren Maggi, que começou acompanhando o ritmo das duas, decaiu na quarta rodada de saltos, e ficou apenas com a quarta posição.

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Para ficar com a medalha de prata, Keila Costa marcou 14,38m em seu melhor salto
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Depois do salto em distância, Keila ganha a sua 2ª medalha de prata no Pan-2007
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A melhor marca da cubana, que é a segunda colocada no ranking mundial da temporada, foi 14,80 m, novo recorde pan-americano, no quinto salto. No último dia 7 de julho, em uma competição na Espanha, Savigne chegou a 15,09 m. Em maio, ela havia registrado 14,99 m em um torneio em Caracas. Com isso, está atrás apenas da russa Tatyana Lebedeva, líder da lista da Federação Internacional de Atletismo, com 15,14 m e 15,10 m.

Nos Jogos do Rio, ela não teve dificuldades para ficar com o ouro, começando com 14,33 e chegando a 14,46 já na segunda tentativa, para liderar e só melhorar suas marcas.

Já Keila Costa não avançou dos 14,38 m. Maurren, que começou com 14,07 m na primeira tentativa, perdeu o pódio ao saltar 12,55 m na quarta série, e perder a medalha de bronze para outra cubana, Mabel Gay, que alcançou 14,26 m.

"A gente sabia que ia ser muito difícil, que a cubana vinha mesmo pra acabar com a nossa festa. Ela (Yargelis) está numa fase muito boa. É difícil fazer duas provas em uma mesma competição, a gente fica muito dolorida. Mas ela também sofreu isso, e mesmo asism saltou muito. Eu fiquei muito abaixo do que eu consigo", avaliou Keila. "Agora vou ver bem onde eu errei para acertar no Mundial."

Para Maurren, o cansaço devido ao pouco tempo de recuperação entre as provas prejudicou seu resultado. "Se tivesse mais tempo para descansar, poderia ter chegado a 14,50. Mas não deu. Tentei, briguei até o último salto, mas não consegui. Queria ter saltado longe, mas não deu", lamentou Maurren, que desmentiu a aposta feita na quarta-feira, de saltar 15 m. "Ah falei aquilo só para pressionar a cubana."

O técnico das saltadoras, Nélio Moura, ficou satisfeito com a medalha de Keila. "Ele á jovem, se recupera mais rápido de uma prova cansativa como a de quarta pra cá do que a Maurren, e isso já é uma vantagem", analisou o treinador. "O resultado da Keila é muito positivo, porque ela está começando. A Yargelis (cubana) está no auge de sua forma, mas a Keila ainda está crescendo e evoluindo muito bem."

Até a metade da prova, a pernambucana Keila Costa era a segunda colocada, com 14,36 m como sua melhor marca. Já a cubana Yargelis Savigne, se mantinha à frente com 14,54 m. Maurren, em terceiro, não passou dos 14 m obtidos na primeira tentativa.

As esperanças brasileiras de ouro se esvaíram quando Savigne saltou 14,78 m na quarta rodada, novo recorde pan-americano. Até então, o índice pertencia a uma outra cubana, Yamile Aldama, que saltara 14,77 m em Winnipeg-99.

No quinto salto, porém, Maurren saltou apenas 12, 55 m, e perdeu a terceira posição de vez para outra cubana, Mabel Gay. No quinto salto, Yargelis confirmou de vez a medalha de ouro ao superar mais uma vez o recorde da prova, e saltar 14,80 m. Keila, que se manteve na briga, não passou dos 14,38 m, e teve de se contentar com a prata.

Na quarta-feira, Maurren levou a medalha de ouro no salto em distância, com Keila Costa em segundo e Yargelis em terceiro.