Campeões mundiais da J24, Maurício Santa Cruz, João Carlos Jordão e Daniel Santiago voltaram à liderança da classe no Pan-Americano. Os problemas físicos de Jordão, porém, seguem prejudicando o time.
Com uma inflamação no nervo ciático, Jordão está velejando com um colar cervical, que prejudica sua mobilidade na embarcação e limita suas funções. A tripulação chegou a pedir a mudança de tripulante, mas como a lesão aconteceu após a inscrição, teve o pedido negado.
Nesta quinta-feira, Jordão deixou o barco muito abatido e cansado. Pela primeira vez, ele foi exigido como proeiro, sua função original. Com a programação atrasada, a classe realizou três regatas no dia.
"Quem está fazendo a proa é o Alexandre (Saldanha), mas ele está sendo muito exigido e hoje precisamos do Jordão na proa também. O grande problema é que amanhã também devemos ter de sacrificá-lo", admitiu Santa Cruz.
Os vilões foram os ventos fortes, de 14 a 16 nós. Nessas condições, os brasileiros venceram uma regata foram a 10 pontos perdidos, contra 11 dos argentinos. Nas outras duas regatas, Santa Cruz e sua tripulação marcaram um segundo e um quarto.
"O vento sudoeste complicou em diversas manobras, principalmente nas duas primeiras regatas. Na segunda, nós estávamos bem, mas houve um momento de desconcentração e acabamos caindo para o quarto lugar. Por conta disso, na terceira, o Jordão acabou fazendo mais do que podia", comentou Santa Cruz.
Com sete regatas realizadas, os brasileiros descartam a primeira regata, na qual não participou. Os argentinos descartaram o sexto lugar obtido na última regata desta quinta-feira. Nas duas primeiras provas do dia, Alejo Rigoni somou dois primeiros lugares. Santinha, com a vitória na regata final do dia, não só assumiu a liderança, pela primeira vez no Pan, como garantiu a vantagem no total de primeiros lugares: 4 x 3.