Brasil espera rever Paraguai na final do futsal

A seleção brasileira passou momentos de sufoco contra o Paraguai no encerramento da primeira fase do futsal e parece querer sofrer mais um pouco. O time joga nesta sexta-feira pela semi contra a Costa Rica e espera rever os rivais sul-americanos, comandados por Fernando Ferreti, na decisão.

"O jogo deu a real noção do que vamos ter pela frente. É uma partida que acho que vai acontecer novamente no sábado", afirmou o técnico Paulo César de Oliveira, o PC, após o triunfo por 2 a 0 na quarta-feira.

O treinador brasileiro acredita que a equipe evoluiu a cada jogo na etapa inicial do Pan e que o duro embate contra os paraguaios serviu para estabelecer um parâmetro do quanto ainda precisa crescer para levar o ouro. "O confronto foi duríssimo e nos colocou em boas condições para as semifinais, pudemos ver qual era o nosso nível. O campeonato começou nesta quarta."

O sistema defensivo orientado por Ferreti, ex-técnico da seleção, foi o que deu mais trabalho ao Brasil em três jogos. Os paraguaios se mostraram determinados em não levar dribles e conscientes dos movimentos táticos adversários.

"Acho que o jogador sul-americano tem o sangue mais quente, então pode marcar melhor que um europeu. E nas mãos do Ferreti sabíamos que seria um adversário dificílimo", avaliou PC.

Entre os jogadores, a sensação de uma revanche na final é a mesma. O ala Falcão, dirigido por Ferreti no Jaraguá, diz que até torce pelo amigo. "Ferreti tem os méritos dele. Vou torcer muito para que ele chegue na final, que tenha sucesso até lá mas que ele vá com a medalha de prata para Jaraguá do Sul. Na final vou fazer gol nele, já que ontem [quarta] não deu."

O ala Gabriel, autor do segundo gol brasileiro no duelo, porém, prefere não apostar nos finalistas. Ele acredita que o Paraguai já terá dificuldades para superar a Argentina na semi. "Coloco o Paraguai junto com o Brasil e a Argentina como os favoritos ao ouro", afirmou.

Ferreti, do seu lado, se diz surpreso com a atenção recebida por seu time, mas descarta assumir qualquer favoritismo, assumindo a medalha de prata como sua meta realista.

"Acho que o Brasil vai ser campeão e o Paraguai será prata se acontecer essa final. Tomara que aconteça, ainda falta muito", disse. "Mas estão todos dizendo que o Paraguai tem chances, e vou acabar acreditando. Viemos atrás de medalha, vamos ver qual será. Cada jogo é uma história, porém, e temos de trabalhar dentro da nossa realidade."

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