O pivô Murilo liderou o ataque da seleção brasileira pelo segundo jogo consecutivo, assim com foi o reboteiro da equipe na vitória contra o Canadá. Foram duas atuações que já o credenciam ao prêmio de MVP (jogador mais valioso) do torneio de basquete masculino do Pan.
Apesar de sua rotineira condição de coadjuvante diante dos astros da NBA e mesmo da legião européia da equipe, Murilo também optou pelo segundo dia seguido evitar elogios ao seu desempenho e preferiu falar em generalidades sobre a equipe.
"Acho que estou conseguindo isso porque os outros estão me ajudando. Tenho recebido muitas bolas dos armadores e dos alas, que estão me deixando em boas condições para pontuar", afirmou o jogador. "Está todo mundo firme."
O que o pivô não diz, porém, é que se os companheiros de equipe o encontram talvez porque ele saiba se movimentar bem no garrafão e procurar os espaços às costas dos adversários. Ou que, além disso, muitos de seus pontos tenham saído de investidas agressivas às cestas, para aproveitar sua maior agilidade em relação a outros grandalhões.
"O Murilo é um jogador muito corajoso e que vem de uma série de decisões. Ele jogou os playoffs do Campeonato Paulista, do Nacional e da Liga Sul-Americana nesse ano, em um monte de série de até cinco jogos. Isso o deixou preparado", avaliou o técnico Lula Ferreira.
Em dois jogos, Murilo, que ainda não renovou seu contrato com o Franca para a próxima temporada vem com médias de 20,5 pontos e nove rebotes, com aproveitamento excepcional nos arremessos de quadra (84% - acertou 16 de 19) e no lance livre (89%).