UOL Esporte - Pan 2007
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25/07/2007 - 00h33

Depois de 20 dias na Vila, saltadores iniciam disputa do Pan

Claudia Andrade
Em São Paulo

A equipe brasileira de saltos ornamentais esteve entre as primeiras a entrar na Vila Pan-Americana e será uma das últimas a estrear no Pan-Americano. Desde o dia 4 de julho, seis dos sete atletas estão treinando no local da competição. Apenas César Castro prolongou sua estada em Brasília, antes de se juntar ao restante do grupo.

O chefe de equipe Roberto Gonçalves afirma que entrar logo para a Vila era a única alternativa para os brasileiros. "Nós não tínhamos local para treinar, porque o Maracanã foi fechado para o Pan", diz, referindo-se ao parque aquático Júlio Delamare, sede do pólo aquático nos Jogos do Rio.

Assim, os saltadores passaram a treinar já no local de competição, o parque aquático Maria Lenk. E, logo no início da preparação, Juliana Veloso reclamou do carpete da plataforma, que foi trocado pela organização do Pan.

"O piso anterior era bom; era o mesmo com o qual nós treinávamos no Maracanã. O Hugo Parisi e o Cassius Duran nunca reclamaram. Este agora é melhor. Eu acho que é mais macio", compara o chefe de equipe, que também é técnico de Duran.

Mas como controlar a ansiedade, acompanhando de perto vários outros atletas competirem? "Aqui na Vila tem uma variedade tão grande de atividades que facilita", diz Gonçalves. "Tem cinema, internet, um telão onde eles acompanham os jogos. A academia é um ponto de encontro", cita o treinador.

Na véspera do início da competição, o chefe de equipe diz que a ordem foi esquecer a disputa. "Hoje foi um dia livre para todos, que puderam receber visita de familiares, das namoradas, o que é muito importante. Foi proibido pensar em saltos", ressalta.

Atletas de sete países estarão na disputa das provas masculinas (Brasil, Canadá, Colômbia, Cuba, México, Estados Unidos e Venezuela) e nove no feminino (Bermuda, Brasil, Canadá, Colômbia, Cuba, Guiana, México, Estados Unidos, Venezuela).

Os brasileiros terão de se preocupar com os adversários canadenses, norte-americanos, mexicanos e cubanos. Um dos grandes favoritos na disputa entre os homens é Alexandre Despatie, do Canadá, vice-campeão olímpico no trampolim de 3 m nos Jogos de Atenas-2004. Ele repetiu a dose no Mundial de Melbourne, em março, e ainda levou a prata no trampolim de 3 metros sincronizado.