Apesar de ter o atual campeão olímpico no país, o Brasil ainda carece de um título individual de saltos na história dos Jogos Pan-Americanos. Esta é a dívida que Rodrigo Pessoa, três vezes campeão mundial e ouro na Olimpíada de 2004, pretende pagar no Rio a partir desta quinta-feira.
Cavaleiro Rodrigo Pessoa em treino no Complexo de Deodoro no Rio de Janeiro |
BRASILEIROS |
Após quatro meses de indecisão se iria ou não ao Pan, Pessoa, de 34 anos, confirmou sua participação com uma equipe que considera forte. Foi só assim que o ginete foi à disputa. A concordância em participar do time só aconteceu quando Pedro Veniss, seu colega na Bélgica, foi convocado - contrariando as primeiras expectativas.
Assim como Pessoa, Bernardo Alves também tem sua chance. Pré-convocado por ser o segundo melhor brasileiro no ranking mundial, o cavaleiro chega ao Rio com chance de ser campeão também na prova individual.
Por equipes, o Brasil leva ampla vantagem ainda maior sobre seus maiores rivais, EUA e Canadá. Além do título, a seleção busca também uma vaga olímpica (com, no mínimo, um terceiro lugar se garante em Pequim-2008).
O vice-campeonato no Mundial Aachen, em 2006, deixou os EUA livres para mandar o time reserva ao Pan. Por isso, Beezle Madden (número 6 do ranking mundial), McLain Ward (16º) e Laura Kraut (18ª) não vão ao Pan.
Os conjuntos que compõem a equipe são Lauren Hough (montando Casadora), Cara Raether (Ublesco), Todd Minikus (Pavarotti) e Laura Chapot (Little Big Man). Os reservas serão Ken Berkley (Carlos Boy) e Lisa Silverman (Obelix R).
Houg é a única remanescente da equipe medalha de ouro nos Jogos de Santo Domingo-2003. Os Estados Unidos são os atuais vice-campeões olímpicos e já se classificaram para Pequim.
César Almeida, o mais velho da equipe com 45 anos, e Karina Johanpetter, remanescente do último Pan na equipe, completam a equipe brasileira. Montando no Brasil, os dois conseguiram a classificação via as seletivas disputas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em saltos, os brasileiros têm quatro ouros, uma prata e um bronze. Já no individual, o único que chegou mais perto foi justamente o pai de Rodrigo, Nelson Pessoa, em Winnipeg-1967.