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25/07/2007 - 13h22

"Mais caro do mundo", pivô Betão convence a torcida

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O pivô Betão, 28, é jogador mais caro do mundo do futsal e foi vaiado pelos torcedores brasileiros nas duas primeiras partidas do Brasil no Pan. Nesta quinta-feira, porém, ele se recuperou e teve seu nome mais aplaudido até mesmo do que o de Falcão.

Flávio Florido/UOL
Betão, pivô da seleção, foi um dos melhores em quadra contra o Paraguai
BRASIL VENCE
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Seu gol no torneio ainda não saiu. Mas ele ao menos convenceu o público no encerramento da primeira fase de que tem jogo e pode ser importante para a seleção na disputa pela medalha de ouro.

O treinador da seleção acredita que a torcida, enfim, percebeu a importância do pivô para a equipe. "O público não é especialista. Ele é o jogador com a multa rescisória mais cara do mundo, que chega a um milhão de euros, e precisamos cuidar bem dele. Esses torcedores vieram para ver o Pan e não apenas o futsal. Isso não pode afetá-lo."

Betão tem multa rescisória de 1,2 milhão de euros no Lobelle Santiago-ESP e recebeu propostas de outros clubes. "Mas estou bem lá, vamos ver o que acontece. Acho que se o valor é tão alto é porque alguma qualidade eu tenho", disse o atleta, de 1,81 m e 93 kg.

Diante da forte defesa paraguaia, sua jogada de costas para o gol se mostrou uma opção viável. Com seu porte físico, teve sucesso na proteção de bola. Por três vezes em pouco mais de cinco minutos de ação no primeiro tempo ele conseguiu completar um giro no pivô e ameaçou o goleiro Espínola.

Para o início segundo tempo, voltou no banco de reservas, mas as boas jogadas da primeira etapa fizeram a torcida pedir sua entrada. O que aconteceu com cerca de seis minutos jogados. Betão novamente não encontrou problemas para lidar com os jogadores mais baixos e fracos.

"Dessa vez dei ritmo ao jogo, já que estávamos atrapalhados pela defesa deles. Só está faltando a bola entrar. Estou um pouco afobado na hora da finalização", afirmou o jogador.

"Acho que ontem [terça-feira, contra Cuba] eu atuei da mesma forma, mas a equipe estava melhor. Então, quando errei alguns chutes, a torcida acabou ficando um pouco chateada", disse Betão.

"O Betão é um pivô clássico, com estilo dos anos 50 e 60, o único com essas características em nossa equipe. Hoje ele prendeu bem a bola, o que reduziu um pouco agressividade da defesa do Paraguai", afirmou PC.