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25/07/2007 - 08h58

Brasil luta pelo tri e faz vestibular para o Pré-Olímpico

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A seleção brasileira inicia nesta quarta-feira a luta pelo tricampeonato do basquete masculino no Pan. Além do terceiro ouro seguido, o torneio vale também para parte da equipe lutar por uma vaga no elenco que vai disputar o Pré-Olímpico.

O Brasil, que conta com oito estreantes nos Jogos, enfrenta as Ilhas Virgens, às 15h30, na Arena Multiuso do Rio de Janeiro, na abertura do grupo A. Canadá e Porto Rico são os outros rivais da chave.

Wander Roberto/CBB
Convocado, Marcelinho Machado disputa uma das vagas no Pré-Olímpico
LULA ANALISA RIVAIS DO PAN
Esses debutantes no torneio tentam convencer o técnico Lula Ferreira de que podem se juntar a Anderson Varejão, Leandrinho e Nenê no núcleo que vai a Las Vegas, em agosto, lutar pela classificação ás Olimpíadas de Pequim-2008.

Além do trio que joga na NBA, outros atletas já devem ter espaço assegurado nessa competição, como o armador Valtinho e o ala-armador Marcelinho Machado, que estão no Pan, e o pivô Tiago Splitter. Outros dependem apenas do aspecto físico, como o ala Guilherme Giovannoni, que passou por cirurgia ortodôntica, e o ala-armador Alex, que fraturou a mão em jogo-treino na segunda-feira, para carimbarem o passaporte.

Se todos esses atletas confirmarem presença no torneio norte-americano, sobrariam quatro postos a serem ocupados na delegação que tentará devolver o país a sua primeira Olimpíada desde Atlanta-1996, quando Oscar Schmidt ainda era seu principal pontuador.

E dez atletas inscritos no Pan brigariam por esses lugares. "O time não está fechado. Então o Pan serve para avaliarmos o grupo para o Pré-Olímpico, que é a competição mais importante do ano", afirmou o técnico Lula Ferreira.

São eles os concorrentes: os armadores Nezinho e Marcelinho Huertas, os alas Marquinhos, Marcus Vinícius e Guilherme Teichmann e os pivôs Caio Torres, João Paulo Batista e Paulão.

"Temos um grupo homogêneo e equilibrado. Mas alguns estão com mais ritmo de jogo que os outros. Ainda não estamos no auge, só vamos adquirir esse ritmo mais para a frente", disse o treinador.

A estréia
A seleção tem um jogo de responsabilidade contra as Ilhas Virgens. Mesmo desfalcada do ala Raja Bell, parceiro de Leandrinho no Phoenix Suns, o time caribenho inspira certa desconfiança.

"É um time com jogadores formados nos Estados Unidos, forte fisicamente e atlético, embora sem tradição de conjunto. De qualquer forma, é o rival que não tem responsabilidade e entra em quadra como franco atirador, o que o torna perigoso", avaliou Ferreira.

Até o jogo desta quarta, os dois países se enfrentaram apenas três vezes, com duas vitórias brasileiras (em 1975 e 1987) e uma vitória caribenha (1979).

"Temos que encarar essa primeira partida com muita seriedade, fazendo valer a força do basquete brasileiro. Depois enfrentamos o Canadá, uma equipe bem organizada taticamente, mas que muda muito a cada competição. Vencendo os dois primeiros jogos consolidamos nossa classificação para as semifinais", disse Lula.